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Veja quem é o professor que carimbou alunos para não comerem merenda duas vezes
Imagens que circulam nas redes sociais mostram alunos de uma escola pública em Planaltina, no Distrito Federal, com as mãos carimbadas para não comerem a merenda duas vezes. O caso foi registrado nessa sexta-feira (9) após alunos denunciarem a ação, e deixou muitos internautas revoltados.
O responsável pela ação é o professor efetivo da rede pública de ensino do Distrito Federal Saimon Freitas Cajado Lima. Desde 2014, ele atua como docente na rede pública de ensino, de acordo com o site Metrópoles, que divulgou também que o professor é graduado em estudos sociais e geografia pela União Pioneira de Integração Social (Unip).
Nas redes sociais, Saimon demonstra sua atuação política de direita. Há fotos nas quais ele aparece enrolado em uma bandeira e diante de um tanque de guerra. Além disso, faz publicações que comparam o ex-presidente Lula e o PT ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Em seu perfil, ele também compartilhou vídeos da parada de 7 de setembro em Brasília.
Entenda o caso
A denúncia foi feita por alunos em entrevista à TV Globo. “Eles chegaram a carimbar para ficarmos marcados e eles saberem quem foi que lanchou e a gente não poder repetir”, afirmou ao canal uma das estudantes, que não teve identidade revelada. Segundo a aluna, ao recusar ter a mão carimbada, ela teve o prato da merenda tomado por um dos funcionários da escola.
“Falta o lanche. Não é suficiente para todos os alunos. Chega gente até a ficar sem comer”, disse. Outro estudante reafirmou a informação de que a merenda chega a faltar para alguns dos alunos que ficam no fim da fila, o que teria motivado o uso dos carimbos. “Enquanto a gente não deixar eles carimbarem, eles não deixam a gente pegar a comida”, disse.
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria de Educação do Distrito Federal afirmou que a diretoria da instituição disse que a medida foi uma “situação isolada” para organizar a fila da merenda na sexta-feira (2).
O órgão afirmou, ainda, que não há registro de falta de alimentos na escola.
“A criança na escola precisa receber uma alimentação saudável e nós temos prezado sim por ofertar uma alimentação de excelência para nossos estudantes. Deslocamos uma equipe até a escola para verificar o que aconteceu, não aceitamos de forma alguma qualquer constrangimento a qualquer aluno da rede pública de ensino”, afirmou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, em vídeo. (Folhapress)
Fonte: O tempo


