Nacional
USP estuda abandonar Sisu e criar sistema próprio de seleção com nota do Enem
A USP (Universidade de São Paulo) estuda deixar de fazer parte do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), do Ministério da Educação. A instituição pretende continuar usando a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para a seleção de novos estudantes, mas com um sistema próprio.
Uma proposta com o novo sistema de seleção foi apresentada e aprovada pelo Conselho de Graduação da USP na última quinta-feira (20). A mudança ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Universitário, instância máxima da instituição.
Conforme a ideia estudada, a seleção dos ingressantes a partir de 2023 seria feita diretamente pela Fuvest com as notas que os candidatos obtiverem no Enem. Ou seja, as notas do exame federal serão compatibilizadas com a da prova da Fuvest –a forma como isso seria feito não foi informada.
O Conselho de Graduação argumenta que a mudança permitirá o ingresso simultâneo dos alunos, já que atualmente o processo se dá em dois períodos diferentes.
Neste ano, a USP oferece 11.147 vagas em seus cursos de graduação, das quais 8.211 são destinadas para seleção pelo vestibular da Fuvest e 2.936 vagas pelo Enem.
Segundo a universidade, se aprovada a alteração, será divulgado um edital com a definição do calendário para que os estudantes se inscrevam para a seleção com a nota do Enem.
A Fuvest será responsável pela sistematização das inscrições, pela classificação de acordo com os critérios definidos pelos cursos e pela convocação dos candidatos selecionados.
O Sisu é um sistema do Ministério da Educação que seleciona, com a nota do Enem, estudantes para vagas em cursos de ensino superior das universidades federais de todo o país. Institutos federais e algumas universidades estaduais também aderiram ao sistema.
Para concorrer a uma vaga, o candidato precisa estar dentro da nota de corte do curso em questão, ou seja, precisa ter obtido uma nota igual ou maior à nota mínima definida para aquele curso. O candidato também não pode ter zerado a redação.
(Folhapress)
Fonte: O tempo