Nacional
Silva e Luna, presidente da Petrobras, se recusa a pedir demissão
Resistindo à pressão da ala política do governo de Jair Bolsonaro (PL) por sua demissão, o general e presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna garante que não vai pedir a própria saída.
“Jamais farei isso. Tenho formação militar, a gente morre junto na batalha e não deixa a tropa sozinha. Agora, minha indicação é do presidente da República, com quem tenho uma relação de lealdade e de confiança”, declarou o general em entrevista a Andreia Sadi, do g1, nesta terça-feira (15).
Indicado por Bolsonaro em fevereiro do ano passado, Silva e Luna tem sido alvo de pressão devido aos recorrentes reajustes feitos pela estatal que encarecem os preços dos combustíveis.
O mais recente aumento na gasolina e no diesel, realizado na última sexta-feira (11), tem desagradado o presidente da República, que vê impactos diretos em sua campanha pela reeleição.
Mesmo antes desse reajuste, Bolsonaro vinha expondo insatisfação com a gestão e lucros da Petrobras. Na primeira semana de março, ele sugeriu que a estatal deveria reduzir os lucros em benefício dos consumidores.
Mais recentemente, no último sábado (12), Bolsonaro se queixou da Política de Paridade Internacional, praticada pela estatal desde o governo de Michel Temer. O presidente também desconversou sobre a demissão de Silva e Luna.
De acordo com o estatuto da Petrobras, a presidência pode ser destituída a qualquer momento. Porém, o governo Bolsonaro esperava que Silva e Luna tomasse a iniciativa de colocar o cargo à disposição.
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Fonte: O tempo