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RJ: MPT ouve paraguaios resgatados de situação semelhante a escravidão
O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro ouviu, nesta segunda-feira, cinco dos 23 paraguaios resgatados em uma fábrica clandestina de cigarros em Campos Elísios, na Baixada Fluminense. Os trabalhadores viviam em situação análoga à escravidão. Cada depoimento durou cerca de 1h15.

Eles foram encontrados durante uma operação deflagrada na sexta-feira pela Polícia Civil do estado e Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro . Além dos paraguaios, havia um brasileiro na mesma situação.
De acordo com o MPT, os homens foram aliciados no Paraguai sob a falsa promessa de trabalho em condições dignas e salário de R$ 3 mil por mês, mas recebiam apenas R$ 500 para trabalhar de domingo a domingo em dois turnos de 12 horas, com direito a 20 minutos de intervalo.
As apurações indicam que durante a viagem de ônibus para o Brasil, os trabalhadores tiveram os celulares confiscados e foram levados até o local de trabalho com os olhos vendados. Eles também foram proibidos de sair e fazer contato com as famílias e dormiam em um alojamento sem ventilação, no segundo andar da fábrica.
Segundo o MPT, se o empregador não for identificado, os procuradores vão buscar o pagamento das verbas trabalhistas e indenização aos trabalhadores por meio da venda do maquinário encontrado na fábrica.
A data da volta deles ao Paraguai só será definida após a conclusão dos depoimentos prestados às autoridades brasileiras. Um dos 23 paraguaios tem mandado de prisão por tráfico de drogas expedido pelo então juiz Sérgio Moro e não poderá deixar o Brasil.
*Com informações da Agência Brasil
Direitos Humanos Brasília 11/07/2022 – 22:05 Roberto Piza / Beatriz Arcoverde Fabiana Sampaio – Repórter da Rádio Nacional trabalho análogo segunda-feira, 11 Julho, 2022 – 22:05 1:40
Fonte: Ag. Brasil


