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Reajuste de 5% é irrisório e servidores vão aumentar pressão, diz sindicato


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A decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder reajuste linear aos servidores públicos federais de 5% insuflou ainda mais a insatisfação das categorias, incluindo as policiais, que esperavam ser contempladas com um aumento maior e reestruturação de carreiras – promessas feitas pelo próprio chefe do Executivo federal. 

De acordo com Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) – que representa 37 categorias, a decisão era esperada, mas não será suficiente para arrefecer a mobilização dos servidores.

“Já esperávamos um encaminhamento para a concessão dos 5%, inclusive com o governo buscando recursos orçamentários para cobrir essa reposição salarial”, nota Marques, e completa: “Mas é insuficiente 5%, uma vez que a perda a inflacionária foi superior a 30% para grande parte do funcionalismo”.

O sindicalista faz referência à última recomposição salarial para 80% do funcionalismo público, que ocorreu em janeiro de 2017. Os outros 20% contaram com reajuste em janeiro de 2019. 

Segundo os cálculos do Fonacate, a perda inflacionária acumulada até o momento para os servidores do primeiro grupo atingiu 35% e, no caso do segundo grupo, chegou a 24%. Se não houver reajuste neste ano, a perda será de 40% no primeiro caso, e de 30% no segundo.

“É irrisória uma recomposição de 5% nesse contexto. De forma que vamos intensificar a mobilização nas próximas seis semanas para pressionar o governo”, reage Marques.

A princípio, o Orçamento de 2022 reservava apenas R$ 1,7 bilhão para o reajuste dos servidores das categorias policiais. O cálculo da equipe econômica do governo federal é que serão necessários R$ 6,5 bilhões para o aumento de 5%. O valor se baseia na previsão da inflação acumulada até julho.

Os servidores decidiram manter as paralisações tendo em vista que ainda é possível pressionar por reestruturações pontuais das categorias, até a data limite de 2 de julho, seguindo o calendário eleitoral. Essa é uma das reivindicações centrais dos policiais.

“O calendário de paralisações está mantido e agora contamos com a possibilidade de agregar na nossa luta os servidores da área de segurança pública que foram traídos pelo governo até o momento, pelo que foi anunciado ontem [quarta-feira, 13]”, acrescenta.

Algumas das categorias que estão mobilizadas e organizam paralisações a partir da próxima semana são: servidores da Receita Federal e do Tesouro Nacional; analistas de Comércio Exterior e de Planejamento e Orçamento; e auditores fiscais agropecuários.

Até o momento, estão mantidas as greves dos servidores do Banco Central, representados pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do BC (Sinal), que e estão de braços cruzados desde o dia 1º de abril, e também dos peritos do INSS, que iniciaram a greve em 30 de março. 

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Fonte: O tempo

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