Conectado por
Rondônia, domingo, 22 de setembro de 2024.




Nacional

Política fiscal virou refém do governo, diz Verde


Compartilhe:

Publicado por

em

O aumento do risco fiscal voltou a ser abordado na carta da Verde Asset no mês de junho. A gestora de Luis Stuhlberger afirmou que a política fiscal virou ‘refém de um Executivo que não quer parar de gastar e de um Legislativo que sinaliza não querer entregar mais novas receitas.’

Este cenário, segundo a Verde, incentiva os altos prêmios de risco dos ativos brasileiros e faz com que o mercado brasileiro fique cada vez mais dependente de uma melhora do humor externo para que os ativos performem melhor. “A única boa notícia é o pessimismo exagerado, que por si só isso não é suficiente para mudar de forma consistente a trajetória, mas nos deixa mais atentos a potenciais melhoras que tenham impactos relevantes em preço.”

A Verde cita a trajetória de queda da bolsa e a alta do dólar e o aumento do prêmio de risco “A bolsa continua sofrendo, assim como as taxas de juros de longo prazo. O país conseguiu a incrível proeza de ter taxas de juro reais mais altas hoje do que quando o Banco Central começou seu ciclo de cortes em agosto do ano passado.”

Onde a Verde investe?

Com isso, a Verde fez uma nova rodada de mudanças em suas posições dada a contínua piora do cenário no Brasil. A alocação em bolsa brasileira foi reduzida para 7,5%, enquanto a global foi mantida. Em juros, o fundo manteve alocação comprada em juro real nos EUA e em inflação implícita no Brasil.

Em moedas, a Verde tem posição comprada em dólar contra o real, zerou a alocação em peso mexicano (após o resultado eleitoral), mante posição na rúpia indiana, financiada por posições vendidas no euro, no franco suíço, no renminbi chinês e no Dólar de Taiwan. A alocação em petróleo continua, assim como os livros de crédito high yield local e global.

No mês de maio, o fundo teve rentabilidade de 2,53%. Enquanto no acumulado do ano, o ganho acumulado é de 0,73%. No mês passado, a Verde teve ganhos na posição comprada em dólar contra o real, nos livros de trading, posições de bolsa global e inflação implícita no Brasil. As perdas vieram da exposição em ações no mercado local.

Sobre o cenário externo, o fundo diz que o cenário global manteve uma boa dose de volatilidade, especialmente, nos Estados Unidos. A busca pelo início do ciclo de corte de juros mantém o mercado reagindo de maneira exagerada a todo e qualquer ruído nos dados.“Algumas coisas apontam para uma economia em leve desaceleração, enquanto outros indicadores se mostram mais resilientes. E essa incerteza mantém os investidores focados num horizonte curtíssimo de investimento, dificultando a formação de convicção. Nesse contexto mantemos a posição alocada em juro real nos EUA e as posições em ações.”

Fonte: Exame

Publicidade
QUEIMADAS - GOVERNO RO

Mais notícias

Compartilhe: