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Polícia volta a alertar sobre aumento de golpes em aplicativos de compra e venda de veículos
Um aumento considerável nos últimos meses de pessoas enganadas na compra de carros e motos foi detectado pela Delegacia Especializada em Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva). Na maioria das vezes os golpes acontecem nas negociações online, via aplicativo.
Outros golpes:
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Estelionato via WhatsApp cresce 19%
Os delegados Alessandro Morey e Leonardo Magela alertam a população para os cuidados que devem ser tomados e assim evitar novos prejuízos durante a compra de motocicletas, caminhonetes e outros, acarretando grande prejuízos às vítimas.
Na última sexta-feira uma pessoa procurou a Polícia após ter negociado e pago cerca de R$ 4 mil por uma moto clonada. A negociação se deu através do aplicativo da OLX. E essa plataforma, segundo os delegados, tem feito com que muitas vítimas, por desinformação ou até mesmo acreditarem em possíveis vantagens econômicas no momento da negociação, sejam lesadas por criminosos extremamente astutos.
“Na maioria das vezes, a vítima anuncia nas redes sociais ou grupos de WhatsApp a venda de um veículo, quando uma terceira pessoa interfere na negociação e passa a enganar tanto o vendedor quanto comprador, conseguindo obter vantagem ilícita para si ou outrem, fazendo com que o vendedor entregue seu bem patrimonial, no caso, um veículo, transferindo até mesmo os documentos de posse/propriedade em Cartório”, explicam os delegados que destacam que a vítima acredita em um suposto depósito bancário ou transferência eletrônica, apenas por conversas telefônicas via WhatsApp, sem ao menos ter qualquer contato pessoal e entrega o veículo. Já o comprador, que também é enganado, realiza depósito de determinada quantia em dinheiro em conta bancária diferente da do vendedor. “Valores esses que se destinam a pessoas inexistentes, a tal chamada laranja ou fantasma”.
Ainda conforme os delegados, o estelionatário engana tanto o vendedor quanto o comprador, que ficam sem os bens e sem dinheiro. “Tudo porque as pessoas estão se deixando enganar por total falta de atenção e, até mesmo ganância, vez que, acreditando na tal chamada modernidade tecnológica, passaram a negociar, quase sempre, através de seus aparelhos celulares ou outro meio eletrônico, via sites OLX e grupos e redes sociais, e deixaram de ter contato pessoal à concretização de seus negócios”.
Essa forma de contato ainda dificulta a identificação dos criminosos, uma vez que eles utilizam nomes falsos, números de telefones celulares cadastrados em nomes de fantasmas, bem como contas bancárias de terceiras pessoas, em muitos casos, que nem existem.
Os delegados alertam para que a população evite realizar negócios destas formas e aja com mais cautela, evitando assinar procuração e/ou preencher o Documento Único de Transferência (DUT) de seus veículos, bem como realizar pagamentos ou depósitos bancários a pessoas que não fazem parte da negociação. E ainda, “e principalmente, voltar aos velhos hábitos da comercialização, tal seja, cara a cara”, finalizam os delegados.