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Rondônia, sexta, 20 de setembro de 2024.




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Pandemia agrava situação do transporte público do RJ


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Superlotação, intervalos maiores do que os permitidos e sumiço de linhas dos ônibus convencionais sem qualquer aviso. Tudo isso sem falar na lista de reclamações  sobre o funcionamento do sistema BRT, que circula em corredores exclusivos na capital do Rio de Janeiro. Essas são algumas das deficiências mais apontadas por usuários de transporte público no estado.

 

Desde o início do isolamento social, em março, em função da pandemia do novo coronavírus, o poder público determinou que trens, barcas, metrô, ônibus municipais e intermunicipais, assim como o BRT, diminuíssem a lotação.

 

Agora, as empresas alegam que o funcionamento do serviços está ameaçado, devido aos custos, que não diminuíram.

 

Um desses modais é a  Supervia, que pediu ao governo estadual medidas para evitar o colapso na circulação dos trens, sistema afetado com a redução de 50% no número de passageiros, para evitar aglomeração.

Mas a psicóloga Illana Mello, que mora em Queimados e trabalha em Nilópolis, diz que não é bem assim. Outro serviço que está com o funcionamento ameaçado é o metrô, que calcula  possuir caixa somente para este mês. Com a redução da demanda, o prejuízo mensal gira em torno de R$ 35 milhões, como explica o presidente do consórcio Metrô Rio, Guilherme Ramalho.  

Também os passageiros das barcas reclamam da demora e desrespeito aos horários de saída das embarcações. Usuários do transporte relataram que as barcas trafegavam com velocidade reduzida. Além disso, não estaria sendo exigido o uso de máscara facial por todos os passageiros.

Em nota,  a Rio Ônibus informou que a redução de 50% no número de passageiros por conta do isolamento social e a falta de medidas efetivas da administração pública para reequilibrar financeiramente as perdas do setor impedem que as empresas se recuperem e normalizem as operações.

Já o BRT Rio disse que está com 100% da  frota operante desde o início da pandemia apesar da queda na demanda de passageiros. Além de estar operando com 50% e de sua capacidade, o modal também afirma que vem se mantendo, mesmo com a tarifa congelada há 18 meses.

 

A Supervia informou em nota que tem programado suas operações de acordo com a demanda e que monitora com rigor a taxa de ocupação dos trens, orientando os usuários a evitarem aglomerações.

 

Também em nota,  o metrô destacou que o fluxo de passageiros da concessionária continua com redução superior a  60% em comparação aos dias de operação regular.

 

A CCR Barcas, por sua vez, informou que que atualmente trabalha com uma queda de 84% na demanda, o que gerou uma grave situação financeira. A diferença entre receitas e custos  chega a R$10 milhões por mês, segundo a concessionária.

A Secretaria Municipal de Transporte do Rio esclareceu em nota que determinou medidas de proteção para passageiros e motoristas dos ônibus, assim como reforço da frota durante a fase de flexibilização, para  não provocar aglomerações .

 

Também a Secretaria de Estado de Transportes respondeu à nossa reportagem, ressaltando que tem agendas com representantes do setor para garantir verba federal, e que aguarda a votação de um projeto de lei federal para garantir recursos à mobilidade urbana nas cidades das regiões metropolitanas com mais de 350 mil habitantes.

Fonte: Ag. Brasil

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