Geral
Operação investiga desvio de verbas públicas em obras no Tocantins e no Amapá
Duas operações deflagradas nesta terça-feira (30) pela Polícia Federal investigam fraudes em licitações e desvio de recursos públicos no Tocantins e no Amapá.
No Tocantins, o alvo da investigação é um grupo apontado como responsável pelo direcionamento de contratos e pelo processo de lavagem de dinheiro no pagamento de obras públicas no Estado.
O valor desses pagamentos ultrapassaria R$ 10 milhões.
A operação, denominada Rumple, é um desdobramento da Operação Ápia, deflagrada em 2016, que apurou desvios de mais de R$ 200 milhões em contratos de terraplanagem, pavimentação asfáltica e obras especiais, como pontes e viadutos.
Já no Amapá, a Operação Conluio investiga fraudes em processos licitatórios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Segundo a polícia, a investigação, iniciada a partir da análise de material apreendido em 2018 durante a Operação Terras Caídas, identificou indícios de conluio entre integrantes da comissão de licitação do Incra e empresários. Eles teriam desviado recursos em obras de georreferenciamento, que são feitas para padronizar a identificação de imóveis rurais.
Em nota, a Superintendência Regional do Incra no Amapá informou que as investigações se referem a fatos ocorridos no âmbito do programa Terra Legal, quando era vinculado à extinta Secretaria de Desenvolvimento Agrário.
A Superintendência ressaltou que o contrato investigado já havia sido encerrado quando assumiu os encargos do Terra Legal e que o Incra nada tem a ver com as investigações em curso.
Também procuramos a Secretaria da Infraestrutura, Cidades e Habitação do Tocantins, mas ainda não tivemos retorno.
Nas duas operações, os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa.
Segundo a PF, se condenados, as penas podem chegar a 24 anos de reclusão.
Fonte: Ag. Brasil