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O primeiro dia da Semana Internacional do Café apresentou Origens produtoras e estratégias de acesso a mercados


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Começou hoje (8), a Semana Internacional do Café (SIC), no Expominas, em Belo Horizonte. O evento é reconhecido como o maior e mais importante do setor do café no Brasil e um dos principais do mundo. O encontro deste ano acontece até o dia 10 de novembro e destaca um dos assuntos mais relevantes do mercado internacional na atualidade: a sustentabilidade, tendo como tema central “Origens produtoras – uma visão de futuro para uma nova cadeia do café”, que leva em consideração práticas, produção e consumo sustentáveis em todos os setores. Com o tema escolhido, a organização do evento pretende, além de instruir, ampliar e trazer luz ao trabalho de excelência e sustentabilidade dos produtores de café brasileiros, visando uma maior promoção das origens produtoras no país.

“Apesar de Belo Horizonte não produzir café, ela se beneficia pelo fato de Minas Gerais ser hoje o maior produtor de café do Brasil, que é também o maior produto exportado pelo estado. Enquanto Minas cresce, a capital cresce junto. Damos boas vindas a todos e desejamos sucesso ao evento, que gera muitos negócios tanto para as empresas, quanto para os produtores”, afirmou Fernando Campos Motta, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, na abertura do evento.

Em uma das palestras do dia, onde foi discutido o futuro e as tendências do agronegócio e as oportunidades para o setor, Marcos Jank, professor sênior de agronegócio do INSPER-SP, destacou a China, um dos principais importadores de café brasileiro, como “o futuro do café”; e destacou o aumento da urbanização, da população e da renda per capita no continente asiático como fator determinante para o potencial crescimento do mercado de café.

Na sequência, Priscilla Lins, gerente da unidade de agronegócios do Sebrae Minas, abordou o tema “Origens produtoras e o novo cenário mundial”, declarando que qualidade e certificação são importantes, mas não são mais suficientes no mundo do café. Para ela, a resposta da diferenciação está na origem. “Estamos diante de uma grande oportunidade. As novas gerações são mais exigentes e estão em busca de opções de consumo consciente. Eles são “linha dura” com as marcas, tendo honestidade e transparência como bandeiras. Para este público, saber de onde vem o produto consumido, ou seja, sua origem, é essencial”, destacou Priscilla. A palestrante concluiu, decretando sustentabilidade real, transparência  radical e impacto verificável como as principais tendências do setor cafeeiro.

Com consumidores cada vez mais conscientes e exigentes, as origens produtoras se tornaram um diferencial importante para competir nos mercados nacional e internacional. Neste sentido, o Sebrae Minas tem se empenhado, juntamente com as regiões produtoras, na estruturação e promoção das origens de café do estado. Hoje são nove origens que contam com suas estratégias de marca territorial desenvolvidas e seus planos de ação para que, de olho no futuro e nas tendências, consigam impactar positivamente toda a cadeia produtiva do café e seus territórios. São elas: Chapada de Minas, Região das Matas de Minas, Campo das Vertentes, Mantiqueira de Minas, Região Vulcânica, Sudoeste de Minas, Canastra, Região de Campos Altos e Região do Cerrado Mineiro.

O dia também contou com o lançamento do Selo Especial da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) para cafés torrados. A iniciativa inédita é um gesto que reflete o comprometimento da entidade com a percepção do consumidor e com a evolução do mercado.

Outros assuntos debatidos no primeiro dia de SIC foram “Tendências de consumo e mudanças geracionais”, “Sustentabilidade na cafeicultura brasileira: Case Espírito Santo”, “A ciência do futuro do café: uma conversa com melhoristas e pesquisadores brasileiros”, “A ciência da torra na prática” e “Como a inovação vai mudar a cafeicultura? Conheça o mundo das startups”.

No estande do Sebrae Rondônia, os robustas amazônicos chamaram a atenção de quem passava no lugar. Produtores de diversas cidades do estado estavam presente expondo seu café, como o E F; Al Café; Dom Bento, entre outros. No mesmo estande, mãe e filha, produtoras do café, Ivonete e Nicole, ambas concorrem no Coffe of The Year e expectativa e torcida não faltam.

Nesta quarta-feira, também aconteceram o Cupping Rodada “A” de arábicas classificados no Coffee of the Year e o Cupping Rodada “E” de arábicas classificados no Coffee of the Year, além dos Campeonatos Brasileiro de Baristas e de Torrefação do Ano.

A programação completa e os convidados confirmados podem ser conferidos no site oficial: www.semanainternacionaldocafe.com.br e também nas mídias sociais do evento.

Sobre a Semana Internacional do Café

Desde seu lançamento, em 2013, a SIC gera grandes oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro, olhando tanto para o mercado nacional quanto internacional. Neste ano, são esperadas mais de 20 mil pessoas, de até 40 países, abrindo espaço para conexões e transações comerciais para todo o setor.

A SIC tem foco nas transações B2B, incluindo desde produtores de café, passando por representantes de empresas que atuam em todas as etapas da cadeia produtiva de seleção, processamento e embalagem do grão – chegando até grandes e pequenos empresários do setor, como por exemplo pessoas que estejam se preparando para abrir uma cafeteria. Além disso, o evento conta com a participação de agrônomos, mestres de torra, baristas e representantes de setores complementares, como o de leites vegetais.

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