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Rondônia, terça, 08 de outubro de 2024.




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NFL começa após intertemporada cheia de panos quentes em polêmicas e com favoritos bem estabelecidos


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Mesmo sem o voo da bola oval sobre os gramados americanos, a intertemporada da NFL foi bastante movimentada por escândalos envolvendo suas principais estrelas. Jogadores, técnicos e dirigentes protagonizaram diversas polêmicas no âmbito criminal — algumas seguem em investigação —, o que fez com que a liga trabalhasse para minimizar as crises e focasse nos grandes nomes que estarão em campo, como Tom Brady, que, aos 45 anos, vai para sua 23ª temporada.

Entre os muitos casos, um dos que ganhou mais destaque foi o de Deshaun Watson, quarterback que fará a primeira temporada no Cleveland Browns. Ele foi suspenso por 11 jogos e multado em 5 milhões de dólares (cerca de R$ 25 milhões) no último dia 18 de agosto por conta dos 24 processos na justiça civil de acusações de assédio durante sessões de massagem — ao todo, foram mais de 60 denúncias de mulheres que trabalharam para o jogador. Watson entrou em acordos em 23.

— A NFL faz vista grossa e tenta minimizar esses problemas extra-campo. Obviamente é péssimo. É um problema que acontece há muitos anos, principalmente em casos de violência contra a mulher. Tem jogador que vai jogar essa temporada e tem vídeo agredindo mulheres — afirmou Guilherme Beltrão, jornalista e produtor de conteúdo da NFL no Brasil.

— Acho que a NFL, assim como acontece na bolha do futebol, também trata os caras como superestrelas, num tom de passar a mão na cabeça e não olhar para as coisas que eles fazem com a gravidade que elas têm — acrescentou Everaldo Marques, jornalista da TV Globo que narrou partidas da NFL por 15 anos.

Por outro lado, o processo de três técnicos negros que acusam a liga de preconceito racial segue em andamento. Em fevereiro, Brian Flores acusou a NFL e suas 32 franquias de discriminar treinadores afro-americanos nas práticas de contratações. As indagações foram corroboradas em abril por Steve Wilks e Ray Horton.

Mesmo com as polêmicas, a NFL segue faturando cifras bilionárias e conquistando fãs ao redor do mundo. Em 2021, as redes de televisão comprometeram cerca de 110 bilhões de dólares pelos direitos da liga nos próximos dez anos. Segundo apuração do New York Times, a NFL deve cumprir a meta estipulada pelo comissário Roger Goodell de faturar 25 bilhões de dólares por ano em 2027.

Holofotes em campo

Nesta temporada, a ESPN transmitirá mais de 150 jogos no Brasil. Em média, serão sete jogos por semana e mais de 400 horas de futebol americano ao vivo. Embora ainda não exista um projeto sólido para a realização de uma partida no país, a NFL negocia parceria com marcas para produzir eventos com fãs. Na última quinta-feira, no jogo de estreia da temporada, houve uma “Party Kickoff” com influenciadores no Leblon. Entre o público geral, o crescimento é exponencial.

— O Ibope Repucom apontou 3,3 milhões de fãs da NFL (no Brasil) em 2014. Em 2021, o mesmo dado mostra 33 milhões — falou Marcelo Paiva, head de conteúdo da Effect Sport, agência da NFL no Brasil.

Todos esses fãs acompanharão, por mais uma temporada, a saga de Tom Brady em tentar conquistar o Super Bowl com o Tampa Bay Buccaneers, favorito na Conferência Nacional ao lado do Los Angeles Rams.

Mas para conseguir bater de frente com os Bucs, os atuais campeões precisarão melhorar. Na abertura da temporada, na última quinta-feira, os Rams perderam para o Buffalo Bills em casa por 31 a 10. Com um ataque potente comandado pelo jovem quarterback Josh Allen e uma defesa reforçada por Von Miller, os Bills são o time a ser batido na Conferência Americana — correm por fora o Cincinnatti Bengals, de Joe Burrow, e o Kansas City Chiefs, de Patrick Mahomes.

O Super Bowl será realizado em 12 de fevereiro de 2023.

Fonte: Exame

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