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Naja que picou estudante vai para o zoológico de Brasília; veja fotos
A cobra Naja que picou um estudante de veterinária em Brasília nesta semana ganhou uma nova casa. O animal, ilegal no país, está sob os cuidados do Zoológico de Brasília, que publicou uma sequência de fotos do réptil. A naja tem cerca de um metro e meio de comprimento e foi encontrada em boas condições.
“A naja de monóculo está conosco desde a última quarta-feira (8) e hoje, depois da avaliação inicial, sua caixa foi aberta e ela acessou o recinto. O manejo ocorreu seguindo todos os protocolos de segurança e contou com uma equipe experiente em manejo de serpentes. No recinto, a serpente conta com uma ambientação adequada para a sua espécie com o objetivo de promover o bem-estar e a qualidade de vida até que se decida sua destinação final”, informou o zoológico em publicação no Facebook nessa sexta-feira.
Veja as fotos:
Gostaríamos de compartilhar com vocês algumas fotografias incríveis da naja de monóculo feitas pelo Ivan Mattos. O que…
Publicado por Zoológico de Brasília em Sábado, 11 de julho de 2020
A naja não é um animal nativo do Brasil, e seu veneno é extremamente forte, podendo matar um ser humano em cerca de 1 hora. No Brasil, não há produção de soro antiofídico para essa espécie. A única dose disponível era do Instituto Butantan, de São Paulo, que enviou a mesma para que fosse usada no tratamento do estudante.
Entenda o caso
Um jovem de 22 anos, estudante de veterinária, chegou a ficar em coma induzido após ter sido picado por uma cobra Naja que mantinha, no Gama, região do Distrito Federal, na terça-feira (7). Não há registro de entrada de animais dessa espécie em Brasília, segundo Fundação Jardim Zoológico da cidade, que coleta informações sobre animais exóticos. De acordo com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (BPMA), há suspeita de que o animal seria criado de forma ilegal.
Depois de morder o estudante, a naja ficou desaparecida por quase 24 horas. Ela foi localizada no começo da noite de quarta-feira, por volta de 19h, no Setor de Clubes de Brasília, próxima a um shopping center, após o testemunho de diversas pessoas. Ela estava dentro de uma caixa e escondida atrás de um morro de areia. A suspeita é de que um amigo de Pedro, que já foi identificado pela polícia (mas teve sua identidade preservada), a teria deixado lá. Ele vai ser intimado para prestar esclarecimentos.
Na quinta-feira (9), segundo informações da família ao G1, o jovem acordou do coma induzido que sofreu após a intoxicação com o veneno. Ele está estável. O acidente, contudo, pode ter revelado um esquema de tráfico de animais silvestres na cidade, afirma a Polícia Civil do Distrito Federal. Também ao G1, o o delegado Jonatas Silva, da 14ª Delegacia de Polícia, do Gama, que investiga o crime, disse que a espécie pode valer até R$ 20 mil, no comércio ilegal.
No curso da investigação, três estudantes de medicina veterinária que são amigos do rapaz internado foram ouvidos. De acordo com a polícia, ambos são de classe média alta e estudam animais exóticos.
Ainda na quinta-feira, o BPMA do Distrito Federal encontrou n mais 16 cobras exóticas que estavam escondidas no núcleo rural Taquara, no Distrito Federal. A apreensão foi feita após uma denúncia anônima. A suspeita é de que todas elas pertençam ao estudante de veterinária. Por enquanto, o Ibama já informou que ele será multado em R$ 2 mil.
Fonte: O tempo