Mutirão do Bem Viver distribui produtos da agricultura familiar a comunidades carentes em 16 estados

Comprar de quem teve dificuldades de escoar a produção com a pandemia do novo coronavírus e repassar produtos saudáveis a quem precisa de alimentos. Essa é a proposta do Mutirão do Bem Viver em Resposta à Pandemia, uma rede de solidariedade que une voluntários, produtores agroecológicos e famílias em dificuldades.

O projeto já doou quase 4 mil cestas de alimentos em 78 comunidades e territórios de 16 estados.

Além de alimentos agroecológicos, produzidos sem agrotóxicos e de forma integrada com a floresta, o mutirão distribui também alimentos não perecíveis e de higiene pessoal.

Entre as comunidades beneficiadas estão assentamentos rurais, favelas, ocupações urbanas, territórios quilombolas e indígenas, além da população em situação de rua.

Esses territórios são atendidos de acordo com a capacidade de organização da rede, que precisa unir o produtor rural com uma pessoa de referência na comunidade e os voluntários da logística em cada local.

O agricultor familiar Fábio Ramos Nunes, de Nova União, na região metropolitana de Belo Horizonte, participa do projeto. Nunes conta que, no começo da pandemia, a comercialização de seus produtos ficou paralisada. Foi quando viu o chamado para o Mutirão do Bem Viver nas redes sociais e aproveitou a oportunidade.

Segundo a potencializadora do Mutirão no Distrito Federal, Nádia Nádila, a ideia partiu de comunidades agroecológicas organizadas desde o início do ano passado em oito estados, que unem o pequeno produtor rural ao consumidor nas cidades, sem intermediários.

A proposta é seguir com o projeto pós-pandemia. Nádia explica que, mais do que uma assistência emergencial nesse momento de dificuldade, o mutirão pretende fortalecer a relação das pessoas com o território em que vivem.

O projeto continua recebendo doações pela internet, no site vakinha.com.br