Mulher que teve braço amputado após parto terá caso investigado no RJ

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro abriu sindicância para apurar o caso da jovem de 24 anos que teve a mão esquerda amputada depois de dar à luz em um hospital da rede NotreDame Intermédica. Em nota, o Cremerj diz que espera concluir logo a apuracão e prometeu rigor contra os responsáveis. O caso aconteceu em outubro do ano passado e a paciente afirmou que só decidiu denunciar agora porque temia represálias por ainda depender de assistência médica na época.

Gleice Kelly deu entrada em um hospital da rede NotreDame Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, no dia 9 de outubro. O bebê nasceu no dia seguinte, com cerca de 3 kg.

Depois do parto, a jovem sofreu hemorragia e os médicos criaram um acesso na mão esquerda para a medicação intravenosa. Segundo a jovem, o processo deu errado e necrosou o membro. Ela chegou a ser transferida para outra unidade da rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde acabou tendo a mão amputada.

Gleice acredita que a má avaliação da equipe médica sobre a gravidade do quadro e a demora na assistência adequada depois da complicação tenham sido decisivas para o que aconteceu.

Agora, ela segue em um processo gradual de adaptação. Entre as limitações impostas pela amputação, está a de não conseguir dar banho nos três filhos: um de oito, outro de quatro e o bebê, que está com três meses. Num misto de tristeza e vergonha, a jovem conta que tem passado por muitas dificuldades e incertezas.

A defesa de Gleice Kelly está reunindo documentos para pedir reparação judicial. A advogada Monalisa Gagno explica que vai percorrer todos os caminhos para fazer justiça.

A Rede NotreDame Intermédica disse, por nota, que está apurando o caso.

Geral Rio de Janeiro 18/01/2023 – 11:18 Leila dos Santos / Guilherme Strozi Tatiana Alves – Repórter da Rádio Nacional conselho medicina mão amputada investigar quarta-feira, 18 Janeiro, 2023 – 11:18 259:00