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Rondônia, quinta, 19 de setembro de 2024.




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MCTI anuncia nova estrutura de funcionamento do Inpe


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Em meio à divulgação de desmatamento recorde em junho e da exoneração de uma coordenadora, o diretor interino do Inpe e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, apresentaram a reestruturação do Instituto, que é responsável pelos dados oficias de desmatamento, queimadas e clima no país.

 

Com a mudança, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais passa a ter 8 e não 15 áreas de atuação. Durante a coletiva, nesta terça-feira (14), o ministro Marcos Pontes justificou a mudança como forma de adequar o quadro reduzido de servidores, cortes orçamentários e melhores índices de desempenho.

 

A reformulação foi divulgada um dia depois da exoneração da pesquisadora Lubia Vinhas, da agora extinta Coordenação Geral de Observação da Terra, área responsável pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, o Deter. A medida foi alvo de crítica de pesquisadores e servidores do Inpe, que alegam interferência na autonomia do instituto.

 

Em nota, o SindGCT,  Sindicato Nacional dos Gestores em Ciência e Tecnologia, destaca que Lubia foi escolhida para a posição por um comitê de seleção e o mandato de quatro anos, foi encurtado pela metade. Outra crítica apontada por pesquisadores é que a exoneração poderia estar por trás da tentativa de encobrir dados diante do acentuado crescimento do desmatamento na Amazônia.

 

Em junho deste ano, houve alerta de desmatamento em uma área maior que mil quilômetros quadrados da Amazônia Legal. O número é o maior para o mês desde 2015. O diretor interino do Inpe, Darcton Damião, nega e afirma que os dados são abertos.

 

Sobre a ex-coordenadora, durante coletiva, Darcton leu carta em que Lubia nega que a exoneração tenha relação com a divulgação de dados. A pesquisadora vai para um dos quatro projetos estratégicos tocados pela agora Coordenação-Geral de Ciências da Terra, sob o comando do pesquisador Gilvan de Oliveira.

 

Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, houve melhoria no sistema de monitoramento, que no início do próximo ano contará com mais um satélite de Observação da Terra. O Amazônia 1 é o primeiro completamente projetado e operado pelo Brasil.

 

Segundo Darcton Damião, o novo satélite é estratégico. O Ministério da Ciência e Tecnologia não informou qual o impacto financeiro da reformulação no Inpe. Nós não conseguimos contato com o SindGCT para comentar a mudança.

Fonte: Ag. Brasil

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