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Rondônia, terça, 08 de outubro de 2024.




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Mariana Carvalho “cantou vitória” já no primeiro turno e apesar de ter ficado em primeiro lugar teve um ‘gostinho de derrota’


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RETICÊNCIAS POLÍTICAS  –  Por Itamar Ferreira*

Uma pesquisa no Google sobre ‘cantar vitória antes do tempo’ revela como resultado: “Cuidado ao cantar vitória antes da hora! Na vida ou nos negócios, o vencedor normalmente é aquele que acredita e é obstinado até o final”.  Outra frase é “A soberba precede a queda”.

O povo não gosta da soberba – que é um pecado capital para a Igreja, associado a orgulho excessivo, arrogância e vaidade – e quando Mariana Carvalho entrou no clima de “já ganhou” e deixou de comparecer aos principais debates entre os candidatos na reta final do primeiro turno, ela construiu com as próprias mãos uma vitória parcial, ser a primeira colocada, com visível sabor de derrota.

Para quem manteve durante todo o primeiro turno ‘o nariz empinado’ será um exercício de difícil adaptação “calçar as sandálias da humildade”. Pior, essa mudança radical de postura, para uma nova conduta de modéstia, respeito ao adversário/eleitores e simplicidade, soará um tanto artificial, forçada e ela transmitiu todo esse desconforto na sua linguagem corporal, voz e sorrisos pouco convincentes.

Em princípio a situação da disputa neste segundo turno se apresenta mais complicada para Mariana Carvalho – apesar de todo poderio representado pelos apoios do governador, do prefeito, senador e naturalmente do império de faculdades FINCA – do que para Léo Moraes.

Ela vem numa espiral de queda, pois “já tinha ganhado” em todas as pesquisas, como a da Futura Inteligência do dia 04/09/2024, onde apareceu com 55,8% das intenções de voto; todavia, apuradas as urnas ela teve “apenas” 44,53%, uma queda enorme de 11,27%. Já Léo Moraes que tinha somente 18,2% na mesma pesquisa, conquistou 25,65%, um significativo aumento de 6,77%.

Para construir alianças com os demais candidatos e/ou desenvolver uma linguagem direta com os eleitores que votaram em outras candidaturas a prefeito no primeiro turno, é visível que Léo teria mais facilidades, visto que as hostilidades, naturais numa disputa, entre ele e os demais candidatos foram menores do as da Mariana com estes. Além disso, o eleitor tende a torcer o nariz para a soberba e o já ganhou que a candidata alimentou com tanta intensidade.

Não bastasse isso, apesar da Mariana Carvalho afirmar que agora no segundo turno terá “mais tempo” para apresentar o seu programa de governo, a realidade é outra: no primeiro turno ela tinha 11 minutos e 20 segundos de tempo na propaganda eleitoral, agora no segundo turno ela terá menos tempo, serão 10 minutos. Já Léo Moraes tinha apenas 58 segundos, isso mesmo, menos de um minuto e agora terá o mesmo tempo de Mariana; ou seja, os mesmos 10 minutos. Mariana com mais de 11 minutos teve 44,53% e o Léo com menos de 1 minuto alcançou 25,65%. Está claro quem foi que teve um desempenho muito melhor, em relação ao tempo de TV.

Outros fatores que poderão pesar contra Mariana é a percepção de que o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves – principalmente, mas não somente eles –, teriam controle sobre a candidata e sua futura gestão, caso ela ganhe; além disso, sua ausência nos debates decisivos na reta final do segundo turno pode ter transmitido ao eleitorado uma sensação de que ela estivesse insegura, despreparada ou ambos, para enfrentar os adversários frente a frente. No segundo turno fica quase impossível “fugir” desse tipo de confronto.

* Itamar Ferreira, advogado.

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