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Rondônia, sábado, 05 de outubro de 2024.




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Mãe de criança agredida por lutador também era vítima: ‘não sei do que é capaz’


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Visto em imagens batendo em uma criança de quatro anos em um condomínio residencial de Niterói, região metropolitana da capital fluminense, o lutador Victor Arthur Possobom, de 32 anos, foi alvo de buscas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (16). O caso, que ocorreu em fevereiro deste ano, veio à tona nessa quinta-feira (15). Em depoimento ao “G1” (leia abaixo), a chefe de cozinha Jéssica Jordão Carvalho, mãe do menino e ex-namorada do homem, afirmou que ele também a agredia. 

Um homem foi flagrado por câmeras de segurança de um condomínio em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, agredindo o enteado dele, de 4 anos. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Victor Arthur Possobom batendo e sufocando o garoto que não reage. pic.twitter.com/dS6M5eJpKT

— O Tempo (@otempo)
September 16, 2022

Em um dos vídeos, o homem aparece sentado ao lado da criança em um sofá no saguão do condomínio. Ele fala algo para o menino. Segundos depois, o agressor chega a olhar para o lado para verificar se teria alguém no local e em seguida dá dois socos no rosto da criança, que chora. Logo após, o homem sufoca a criança segurando o nariz e a boca. Ele então percebe a presença de uma senhora e disfarça. Na outra imagem, o agressor entra com o menino no elevador do prédio. 

Jessica não sabia das agressões contra o filho. “Eu soube depois de ver as imagens de segurança. O síndico do prédio que fez a denúncia no Conselho Tutelar e na delegacia. Meu filho foi morar com o avô, eu tentei sair de casa, mas ele não deixou”, conta. Ela relata ainda que conseguiu uma medida protetiva contra Victor. “Durante o período que ele me manteve presa no apartamento, ele me agrediu e abusou de mim. Eu cheguei a engravidar e perdi um filho por conta das agressões. Ele já tinha um comportamento agressivo comigo, mas nunca imaginei que com meu filho também”, completa.

Depoimento de Jéssica ao “G1” 

“Ele colocava sempre a luva de boxe para eu não ficar com tantas marcas e falava para eu ficar parada e me batia. Eu parada na parede, e soco na cara, na barriga… ele me enforcava e… aí, nossa… a maioria era no rosto e na barriga. Ele geralmente tentava dar mais no meu rosto, mas geralmente eu sempre caía. Então, eu batia com a barriga no chão e aí geralmente às vezes ele dava um chute ou então socava a minha barriga, ele sempre batia na barriga e no rosto, sempre.

Eu não tinha a menor ideia de que ele batia no meu filho, ele era amoroso com ele. Meu filho sempre ia atrás dele para todos os lugares, sempre eu até falava: ‘Fica com a mamãe aqui’. Ele: ‘Não, vou com o Tio Viu, como ele chamava o Victor. Ele ia para academia, ia para o mercado, ia a todo lugar atrás do Victor. Até quando o Victor queria sair para outros lugares ele queria ir junto, então eu não imaginava. Raiva, muita raiva e desespero, porque não consigo acreditar que uma pessoa seja capaz de fazer isso com uma criança.

Não consigo, porque meu filho não estava fazendo nada naquelas imagens, ele não estava fazendo nada, ele estava obedecendo provavelmente. Ele não fez nada para receber aquele tipo de agressão. Ele me ameaçava, ele dizia que ele ia me matar, que ele ia matar o meu filho, que eu nunca mais ia ver a nossa filha, que ele iria fugir com ela. Que ninguém ia me ajudar, que eu era sozinha e que só ele me ajudava… era uma loucura que eu não conseguia acreditar que eu estava passando por tudo aquilo.

Eu não vejo a minha filha vai fazer 2 meses. A última vez que eu vi foi por ligação de vídeo, que deve ter durado uns 10 minutos, mas uma neném de 1 ano, ela nem ficou ligada no telefone. Eu estou aqui com medo olhando sempre para o lado porque eu fico com medo de ele aparecer a qualquer momento e fazer qualquer tipo de coisa. Não sei do que ele é capaz.” (Com Folhapress)

Fonte: O tempo

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