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Rondônia, sexta, 08 de novembro de 2024.


Nacional

Lula associa tentativa de golpe na Bolívia a interesse por minério


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva associou a tentativa de golpe na Bolívia aos interesses na grande quantidade de reservas de lítio do país, que não tem saída para o mar para exportar o minério. Na quarta-feira, em poucas horas, o general Juan José Zúñiga orquestrou um fracassado golpe militar, para tomar o poder do presidente Luis Arce. Zúñiga foi preso assim que o movimento foi sufocado.

“A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais porque é a maior reserva de lítio do mundo. E tem outros minerais de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe”, afirmou Lula em entrevista à rádio Itatiaia, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira.

O general Juan José Zúñiga, apontado como o responsável por tentativa de golpe de Estado na Bolívia, foi preso na noite passada. A prisão foi determinada pela Procuradoria-Geral do país. Ao ser capturado, o ex-comandante das Forças Armadas acusou, sem provas, o presidente Luis Arce de encenar um “autogolpe” para “aumentar sua popularidade”.

Lula estará na cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra em 9 de julho para um encontro com empresários do país:

“Eu sou contra golpe, sou favorável à democracia e por isso eu vou lá para fortalecer o Arce, a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente.”

Segundo publicado pelo El País, Zúñiga disse a jornalistas que esteve com o presidente no domingo, ocasião em que Arce teria reclamado que a situação estava “muito complicada”. Segundo o general, o presidente propôs “montar algo” para elevar a popularidade. Zúñiga afirmou ter questionado se veículos blindados deveriam ser usados, e o chefe de Estado teria dado sinal positivo.

Arce convocou os bolivianos a se mobilizar contra uma tentativa de “golpe de Estado” e nomeou um novo comando militar horas depois de ter pedido respeito à democracia ao denunciar “mobilizações irregulares” de militares em frente ao Palácio Queimado, a sede presidencial em La Paz, na Praça Murillo.

Fonte: Exame

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