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Justiça de SP condena Luciano Hang a indenizar padre Julio Lancellotti


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A juíza Eliana Adorno De Toledo Tavares, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível da capital paulista, condenou Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, a pagar uma indenização de R$ 8 mil por danos morais ao padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua.

Hang ofendeu o pároco ao chamá-lo de “bandido” em mensagens trocadas num grupo de whatsapp com outros empresários, reveladas pelo site Metrópoles. A decisão foi proferida na terça-feira (23) no âmbito de ação movida por Julio Lancellotti após a divulgação das mensagens. 

“Quem defende bandido, bandido é”, escreveu o empresário catarinense sobre padre Júlio ao comentar, em maio deste ano, uma reportagem do site Brazil Journal, especializado no noticiário do mercado financeiro, que mostrava o trabalho social do religioso.

Apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem já gravou vídeos e participou de eventos políticos em Santa Catarina, Hang também faz críticas ao padre por sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato ao Palácio do Planalto pelo PT e principal adversário de Bolsonaro. Hang ainda não se pronunciou sobre a decisão, a qual ainda cabe recurso.

A juíza Toledo de Tavares argumentou que o empresário agiu em claro “abuso ao exercício da liberdade de expressão, atingindo a honra do autor”, escreveu na decisão que condenou Hand a indenizar o padre Julio. A magistrada considerou que a declaração do bolsonarista em referência ao padre é ilícita e foi lançada em grupo do qual participam outros empresários, resultando em ofensa à honra’ a Júlio Lancellotti

 

No processo, a defesa de Hang alegou “ilegalidade da prova”, sustentando que os diálogos foram obtidos “de forma ilícita”, com violação à sua privacidade, e argumentando que as mensagens “correspondem à verdade”, e que Hang exerceu “seu direito de crítica”.

PF faz operação contra oito empresários, incluindo Luciano Hang

Também na terça-feira, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca contra oito empresários do grupo de Whatsapp que defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula vença o presidente Jair Bolsonaro em outubro.

Os alvos da ação da PF são: Luciano Hang, José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Serra), Meyer Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira (Coco Bambu).

As buscas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados foram cumpridos em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

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Fonte: O tempo

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