Nacional
Governo federal corta imposto para segurar preços de alimentos e outros bens
O Ministério da Economia anunciou na noite desta segunda-feira (23), corte de 10% no imposto de importação que é cobrado sobre itens como arroz, carne, feijão, biscoitos, massas e materiais de construção. A regulamentação dessa medida será publicada em resolução no Diário Oficial da União (DOU) da terça-feira (24).
Essa não é a primeira vez que o governo de Jair Bolsonaro (PL) toma essa decisão. Em novembro do ano passado, foi feita uma redução semelhante. O presidente e seu entorno de aliados têm demonstrado preocupação com a carestia dos alimentos, combustíveis e outros bens de consumo no ano em que tentará a reeleição.
De acordo com o comunicado do Ministério da Economia, as reduções somadas impactam em mais de 87% nos produtos tributados. Em alguns casos, as alíquotas foram reduzidas a zero, outras sofreram corte total de 20%. Essa medida vai custar R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos.
Isso, no entanto, não significa redução imediata nos preços das prateleiras dos mercados. Segundo o secretário-executivo da Economia, Marcelo Guaranys, o número 2 da pasta, o corte tarifário “não necessariamente” vai ser repassado para os preços atuais, mas há expectativa de que a chegada de bens importados aumentará a concorrência no Brasil, segurando novos aumentos.
“Ainda que não se perceba uma diminuição do preço do produto hoje, ele pode ser impedido de subir, porque quanto mais ele sobe, mais interessante é importar”, afirmou.
De acordo com a pasta, essa nova redução no imposto foi aprovada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) nesta segunda-feira. Ela vale até 31 de dezembro de 2023.
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Fonte: O tempo


