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Rondônia, terça, 05 de novembro de 2024.


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Fintech Revolut estreia no Brasil com foco em gastos no exterior e criptomoedas


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Há pouco mais de um ano a fintech britânica Revolut anunciou a chegada ao mercado brasileiro e desde então começou a estruturar a operação local: entender as demandas do brasileiro, os serviços mais adequados e testar o faz sentido ou não para iniciar essa jornada.

Para o lançamento nesta terça-feira, 2, bateu o martelo em dois produtos de início: uma conta global com acessos a 27 moedas internacionais e criptomoedas, com a oferta de 90 tokens diferentes.

A Revolut funciona como uma estrutura de superApp, reunindo serviços bancários, investimentos, serviços de câmbio, soluções de adiantamento de salários, além de um marketplace com a oferta de produtos e serviços.

Na última rodada, em julho de 2021, recebeu um valuation de US$ 33 bilhões (mais de R$ 165 bilhões). O aporte foi liderado pelo SoftBank com seu Vision Fund 2 e pela Tiger Global.

A startup foi fundada em 2015 pelos empreendedores Nik Storonsky, CEO da startup, e Vlad Yatsenko, CTO, e ficou conhecida em grande parte pela experiência de uso que oferece. Hoje conta com mais de 29 milhões de clientes distribuídos por mais de 35 países.

Como chegou ao modelo da operação brasileira

O Brasil é o primeiro país da América Latina onde coloca os pés – na região, o México deve ser o próximo. A escolha dos produtos para iniciar a operação está relacionada a alguns fatores.

  • O aumento dos gastos dos brasileiros em moeda estrangeira. Em 2022, o valor mais do que dobrou em relação aos anos anteriores.
  • Interesse por diversificação nos investimentos
  • Compra em e-commerces internacionais
  • Aumento do número de brasileiros que trabalham em empresas no exterior – desenvolvedores, por exemplo
  • Crescente interesse por criptomeadas. Estudo recente mostrou que mais de 10 milhões de brasileiras já investem nos ativos digitais. Em fevereiro deste ano, R$ 15 bilhões foram negociados

Com esse posicionamento, a fintech optou por disputar mais o brasileiro que está olhando para oportunidades no exterior do que aquele focado no mercado nacional. No radar, por exemplo, está a oferta de investimentos em bolsa de valores e de contas remuneradas no exterior, ao estilo do que acontece aqui com o CDI.

“Bem ou mal o brasileiro está muito bem servido com contas locais. Tem muita opção e é um mercado, de fato, cheio”, afirma Glauber Mota, CEO da operação local da Revolut. Antes de chegar à fintech, o executivo foi sócio do BTG Pactual (do mesmo grupo da EXAME) e COO (executivo-chefe de Operações) da unidade de varejo digital do banco de investimento.

O caminho também é uma forma de contornar alguns trâmites regulatórios. A fintech ainda está no aguardo da aprovação da SDC (Sociedade de Crédito Direto), um tipo de regulamentação que permite a criação de conta local e a emissão de cartões de crédito.

Quais os próximos passos

Com a lançamento, a Revolut vai começar a liberar os acessos os clientes que entraram na lista de espera.

“Nós vamos chamar milhares de pessoas por semana e vai demorar bastante tempo para encerrar a lista”, afirma, sem revelar os números. “Temos um problema para resolver daqui para frente”.

Além da lista, a fintech trabalha com o modelo de convites de amigos, o “member gets member”, um estilo que ficou popular por aqui nos anos iniciais do Nubank.

Fonte: Exame

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