Família de Moïse desiste de assumir gestão de quiosques no Rio

A família de Moïse Kabagambe desistiu de assumir a gestão dos dois quiosques cedidos pela prefeitura, onde o jovem foi morto a pauladas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ, Álvaro Quintão, a mãe e os irmãos estariam inseguros, depois que tomaram conhecimento de falas de pessoas dos quiosques, de que não liberariam os estabelecimentos.

Segundo Quintão, não houve ameaças diretas à família, mas há situações estranhas, como policiais aparecendo em locais em que eles estão. Álvaro Quintão acrescentou também que há outras pessoas que estavam na cena do crime no dia em que Moïse foi morto e que ainda não foram identificadas pela policia. 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ também comentou sobre declarações do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, em uma postagem no Twitter, em que afirmou que “Moïse foi um vagabundo que foi morto por vagabundos mais fortes”. 

Álvaro Quintão disse que a família e os advogados avaliam medidas judiciais contra as afirmações de Sérgio Camargo.

Na semana passada, os três homens que aparecem em imagens de câmera de segurança agredindo o congolês Moïse Kabagambe foram presos. A violência começou após uma aparente discussão entre o congolês e um funcionário que estava no quiosque. Parentes de Moïse disseram que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida pelo trabalho que tinha realizado. Em depoimentos, os agressores declararam que o congolês havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.

Direitos Humanos Parentes do congolês se sentem inseguros Rio de Janeiro Imagens mostram agressão a congolês Moise em quiosque da Barra 12/02/2022 – 12:06 Roberto Piza/ Renata Batista Fabiana Sampaio – Repórter da Rádio Nacional Moïse Kabagambe Rio de Janeiro sábado, 12 Fevereiro, 2022 – 12:06 2:34