Faemg aposta nas ‘super abelhas’

O Programa de Melhoramento Genético – Produção Itinerante de Rainhas pretende distribuir 5 mil abelhas-rainha com genética superior para apicultores mineiros. Na última sexta-feira, o  Sistema Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) / Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes) e sindicatos reuniu, em Varginha, 180 apicultores de 44 municípios para o lançamento do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

“Nós vivemos um momento pós-pandemia difícil. Cabe ao Sistema Faemg e parceiros encontrar saídas e uma das que acredito é sair de nossas casas em busca de melhorias. Uma delas é a que buscamos aqui – sem a melhoria de nossas abelhas, vacas, milho, não vamos avançar. O custo aumentou, precisamos aumentar a produção e isso só é possível com eficiência, técnica e gestão”, disse, em nota, o presidente do Sistema Faemg, Antônio Pitangui de Salvo.

“Nossa expectativa para o projeto é de superar a proposta de melhorar a questão social e a sustentabilidade ambiental, que são muito importantes, para potencializar os ganhos dos apicultores com a atividade. Ou seja, aumentar a produção e a produtividade de mel e própolis vencendo o desafio de fazer com que o apicultor ganhe dinheiro de forma sustentável e com mais essa inovação”, explicou Christiano Nascif, superintendente do Senar Minas.

Unidade móvel. O programa consta de uma unidade móvel, que funciona como laboratório itinerante. O veículo foi adaptado para receber todo o processo de gestação das novas rainhas e poder ir até os apiários e entregar os insetos aos produtores participantes. De acordo com o gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg, Bruno Rocha de Melo, o engajamento dos apicultores ao programa é muito importante. “Esperamos contar com a presença de mais interessados nos próximos eventos, que serão mais 12 encontros até o mês de maio em todo o estado”.

O apicultor de Elói Mendes, Aécio Marques é um dos atendidos pelo Programa ATeG e está na expectativa para receber novas rainhas. Ele quer melhorar geneticamente seu apiário em busca de mais rentabilidade e ainda aponta outros benefícios do programa como uniformizar procedimentos e organização em grupos para comprar equipamentos e insumos mais barato no atacado. “E o mais importante, começar a deixar procedimentos que dão errado individualmente para adotar um processo que dá certo coletivamente, que é o melhoramento genético das abelhas-rainha, porque é delas que parte todo o sucesso do apiário”.

A expectativa é que as abelhas geneticamente superiores aumentem a qualidade dos produtos apícolas e a sustentabilidade do negócio. Até o início de 2023, o Sistema Faemg estima que o Norte e o Sul de Minas, regiões que se destacam na apicultura, já tenham um banco de genética adequado para a produção local de mel e própolis.