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Rondônia, sábado, 21 de setembro de 2024.




Nacional

Estragos causados pelas chuvas no RS atingiram dois terços dos municípios, diz MapBiomas


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Os eventos climáticos extremos que provocam desastres no Rio Grande do Sul atingiram, em maior ou menor grau, quase dois terços (61%) dos municípios do estado entre abril e maio deste ano. É o que aponta uma nota técnica divulgada pelo MapBiomas nesta quarta-feira embasada por imagens de satélite coletadas, analisadas e validadas pelos pesquisadores.

A área atingida por deslizamento de terras, enxurradas, inundações e alagamentos foi estimada em 15,8 mil km² – o equivalente a 5,6% dos quase 282 mil km² de extensão do território gaúcho.

Dentre os 497 municípios do Rio Grande do Sul, 298 tiveram pelo menos 1% do território afetado pelos eventos extremos dos últimos dois meses. Destes, 73 tiveram mais de 10% da área atingida, sendo 34 com mais de 20%. É o caso de Canoas (50,1%) e Nova Santa Rita (52,5%).

O levantamento aponta que áreas destinadas à produção agrícola foram as mais afetadas, tendo mais de um milhão de hectares atingidos — 64,2% do total ocupado pelo setor no estado. Além disso, os eventos extremos também afetaram quase 20% das formações campestres do Rio Grande do Sul.

— O campo foi muito afetado e o reflexo na produção será longo. O setor agrícola perdeu máquinas, terras e rebanhos — ressalta o professor da UFRGS Eliseu Weber, que é membro da equipe que estuda o Pampa no MapBiomas.

A área urbana de 234 municípios também foi atingida, sendo que dois terços destas cidades tiveram menos de 1% deste território impactado. Por outro lado, em municípios como Eldorado do Sul a área afetada superou 66%. Já em Mampituba foram 49,5% e em Canoas, 42,4%.

“Em relação à totalidade do território afetado no estado, 0,8% corresponde a áreas urbanizadas. Mas quando se olha para a totalidade da área urbanizada do Rio Grande do Sul, 5% foram atingidos”, aponta o relatório.

O MapBiomas ressalta que o clima do Rio Grande do Sul também sofre influência dos fenômenos El Niño e La Niña, que provocam variações acentuadas, principalmente nas chuvas.

— O El Niño provocou o aumento recente de precipitações no estado. Já o La Niña está se configurando. Por causa deste fenômeno, o resfriamento da superfície do oceano pacífico deve provocar secas no Rio Grande do Sul no próximo ano. O índice de chuvas deve ficar abaixo da média em 2025 — explica Weber.

Fonte: Exame

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