Política
Eleição da Capital está sendo uma luta de Davi versus Golias na qual mais uma vez uma simples ‘funda’ promete derrotar
RETICÊNCIAS POLÍTICAS – Por Itamar Ferreira*
“Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado”. Samuel 17:45
Não existe eleição ganha e nem tão pouco jogo perdido, até que as urnas sejam apuradas ou o juiz apite o final da partida. Todavia, não há como ignorar a gigantesca estrutura – de recursos financeiros, políticos e humanos –, organizada principalmente pelo atual prefeito Hildon Chaves, com a participação do governador Marcos Rocha, do senador Marcos Rogério; que transformaram Mariana Carvalho na “Golias” destas eleições..
De outro lado Léo Moraes, herdeiro de uma grande liderança políticas do Estado de Rondônia, o delegado Paulo Moraes, in memoriam, cujo legado politico – está sendo ameaçado de ataques sórdidos e rasteiros por parte de adversários desesperados – já projetou Léo aos cargos de vereador, deputado estadual, deputado federal e o já colocou em outra disputa de segundo turno em Porto velho. Léo teve uma estrutura modesta e pouquíssimo tempo de propaganda no primeiro turno; ou seja, ele é o “Davi” destas eleições.
Porém, a história Bíblica relata que Davi, um jovem pastor, encontrou cinco pedras lisas em um riacho e as colocou em sua funda. Por analogia, poderia se dizer que as cinco pedras que agora estão torpedeando a candidatura da Mariana são:
Primeira: a postura da candidata de fugir dos debates, passando uma imagem de despreparada e arrogante;
Segundo: o “garoto propaganda” Hildon Chaves ofuscou Mariana, falando mais de suas obras e realizações, do que da candidata que ele apoia; além disso, se mostrou péssimo em transferir votos, já que ele alega aos quatros ventos que sua gestão teria 86,9% de aprovação, numa pesquisa de julho último;
Terceira: a presença ostensiva de caciques políticos na campanha da Mariana, como Marcos Rocha e Hildon Chaves, deixou a sensação de que eles seriam “os donos” de uma eventual gestão da candidata;
Quarto: os apoios de candidatos como Célio Lopes e Benedito – que fizeram críticas duríssimos contra a Mariana e a atual administração durante todo o primeiro turno –, deixaram a nítida impressão entre os eleitores de um oportunismo eleitoreiro; e
Quinto: o apoio do deputado Federal Fernando Máximo ao Léo Moraes nesta reta final de campanha, até então aliado de primeira hora do governador Marcos Rocha – além das recentes pesquisas com Léo muito à frente da Mariana –, passam aos leitores uma percepção de que uma virada na votação já estaria acontecendo.
* Itamar Ferreira, advogado.