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Rondônia, quinta, 19 de setembro de 2024.




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Duas hidrelétricas do Brasil funcionam apenas com parte das turbinas


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Atualamente, em meio à seca extrema do rio Madeira, duas das maiores hidrelétricas do Brasil estão apenas com parte das turbinas em funcionamento. Jirau atualmente opera com 20% das turbinas, enquanto Santo Antônio também precisou paralisar parte das máquinas e funciona com 14% da capacidade.

As informações foram confirmadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que vê “ponto de atenção”, mas não cita possibilidade da falta de energia. “O Sistema Interligado Nacional (SIN) dispõe de recursos suficientes para atender as demandas de carga e potência da sociedade”.

Nesta segunda-feira (9), o Madeira bateu mais um recorde: às 10h45 (horário local), chegou a 86 centímetros e poucas horas depois , às 12h15, a 81 centímetros: o menor nível desde que o rio começou a ser monitorado em Porto Velho, em 1967.

Segundo o ONS, as operações de Jirau estão dimensionadas em função das afluências do rio Madeira. Ou seja, com a baixa vazão, a quantidade de máquinas em funcionamento é reduzida. A situação é esperada para o período de seca.

A hidrelétrica tem duas casas de força com o total de 50 unidades geradoras que possuem capacidade de gerar 3.750 Megawatts, o que representa 3,7% de toda a energia hidrelétrica do país. Mais de 40 milhões de pessoas são atendidas com a geração de energia.

Atualmente, apenas 10 das 50 turbinas estão em funcionamento. Desta forma, a hidrelétrica opera com 20% da capacidade, gerando cerca de 260 Megawatts.

A situação é semelhante em Santo Antônio, outra grande hidrelétrica instalada no rio Madeira que precisou paralisar parte das unidades geradoras em razão da seca extrema. A hidrelétrica tem 50 máquinas e apenas 7 estão em funcionamento.

Segundo a Eletrobras, controladora da Hidrelétrica Santo Antônio, a manobra de paralisar parte das unidades geradoras permite manter a geração concentrada em um grupo apenas e não há previsão de parada total da geração de energia.

Ambas as hidrelétricas são projetadas para funcionar de acordo com a vazão do rio Madeira, por isso é esperado que em período de seca as unidades geradoras em funcionamento diminuam.

No entanto, o cenário de 2024 é severo. Pela primeira vez na história o rio ficou abaixo de um metro. A situação é tão inédita que o SGB precisou instalar uma nova régua de medição que vai até 0 centímetros.

*Com informações do G1 Rondônia
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