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Dois anos após morte do ‘Índio do Buraco’ Terra Indígena segue em disputa judicial
De acordo com informações do Governo Federal, o Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e um grupo de pessoas não indígenas aguardam que a Justiça Federal decida o destino da Terra Indígena Tanaru.
O MPF solicita que o território seja transformado em uma área de proteção socioambiental, enquanto outras 11 pessoas reivindicam a propriedade das terras. A Justiça Federal em Rondônia agendou para a segunda quinzena de julho uma audiência de conciliação entre as partes.
A TI possui cerca de 8 mil hectares e se espalha por quatro municípios de Rondônia: Chupinguaia, Corumbiara, Parecis e Pimenteiras do Oeste. A Funai mantém a região protegida por portarias de restrição de uso que têm validade até 2025.
O procurador Daniel Dalberto defende que as terras são da União e que sempre foram ocupadas por indígenas. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira apoia a iniciativa do MPF e também pede a proteção do território.
A ativista e fundadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, Neidinha Suruí, acompanha o caso e diz que a única opção viável é a proteção das terras indígenas. “Proteger os povos indígenas é proteger a floresta. E proteger a floresta é a garantia da diminuição de todas as catástrofes que enfrentamos hoje. A região deveria ser transformada em um memorial ao povo que foi extinto”, diz Neidinha.
*Com informações do G1 Rondônia