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Rondônia, quinta, 10 de outubro de 2024.




Nacional

Copom eleva Selic para 11,75% ao ano


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Diante de um cenário de guerra na Ucrânia e inflação pressionada pelo preço dos combustíveis, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% ao ano para 11,75% ao ano nesta quarta-feira, 16. É o maior nível em quase cinco anos, desde abril de 2017, quando estava em 12,25% ao ano.

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Esse é o nono aumento consecutivo definido pelo Copom, que decidiu manter o ciclo de alta da taxa de juros, iniciado em março de 2021. A alta de 1 ponto percentual, no entanto, é menor do que as aprovadas nas três reuniões anteriores, de 1,5 ponto porcentual, em um indicativo de desaceleração no ritmo do aperto monetário. 

Na reunião anterior, no início de fevereiro, a Selic atingiu os dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2017, quando também estava a 10,25% ao ano. A guerra na Ucrânia deve continuar impactando os preços no Brasil, em especial em relação ao petróleo, ao trigo e aos fertilizantes, itens que tendem a ficar mais caros durante o conflito.

O BC passou seis anos sem aumentar a Selic. Entre julho de 2015 e outubro de 2016, a taxa ficou em 14,25% ao ano e, depois, passou a ser reduzida até chegar a 6,5% ao ano, em março de 2018. A partir de agosto de 2019, começou outra fase de reduções, chegando a 2% ao ano em agosto de 2020, impactada pela pandemia de covid-19.

Em março de 2021, pela primeira vez desde julho de 2015, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,75%, e iniciou o ciclo de alta. O mercado financeiro prevê mais aumentos nos próximos meses. A Selic deve chegar a 12,75% ao ano, pelas estimativas divulgadas no último Boletim Focus, publicado na segunda-feira, 14.

A Selic é o principal instrumento de controle da inflação, que, pelas estimativas mais recentes, deve continuar aumentando, agora também devido ao impacto da guerra na Ucrânia e o consequente aumento no preço dos combustíveis e possivelmente em outros produtos.

De acordo com o último Boletim Focus, a previsão é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche 2022 em 6,45%. Na semana anterior, a previsão era de alta de 5,65%. A mudança nas expectativas do mercado se deve aos reajustes de preços anunciados pela Petrobras no fim da semana passada.

Ou seja, o mercado prevê que o teto da meta será ultrapassado pelo segundo ano consecutivo. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC em 2022 é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ficando entre 2% e 5%. 

O IPCA acumula alta de 1,56% no ano e de 10,54% nos últimos 12 meses. Em fevereiro, a inflação teve a maior variação para o mês desde 2015, ficando em 1,01%, 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro, de 0,54%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

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  • Fonte: Exame

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