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Rondônia, sábado, 28 de setembro de 2024.




Nacional

Contrariando Fux, Bolsonaro diz que ‘enfrenta guerra’ institucional


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Pressionado por apoiadores mais radicais a se posicionar frente ao novo episódio de conflito aberto com Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) justificou que enfrenta uma guerra, mas que vai ganhá-la. 

“A gente tá jogando dentro das quatro linhas. Tem gente que fica chateado: ‘Tá jogando dentro das quatro linhas’. Dá pra ganhar essa guerra, vamos ganhar essa guerra dentro das quatro linhas”, disse Bolsonaro a apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada nesta terça-feira (1º). 

A retórica das “quatro linhas”, usada pelo presidente quando se refere ao cumprimento da Constituição e dos preceitos legais, é conhecida desde o ano passado, quando se acirrou o embate entre ele e Moraes. O presidente, seus familiares e aliados políticos são investigados em mais de um inquérito conduzido pelo ministro da Corte.

No 7 de Setembro, por exemplo, Bolsonaro fez um discurso inflamado na Avenida Paulista, em São Paulo, no qual prometeu descumprir ordens de Moraes.

Essa foi a atitude adotada por ele na última sexta-feira (28), quando não compareceu à sede da Polícia Federal para prestar depoimento, após convocação de Moraes.

Contraste com discurso de Fux

Em meio a essa crise institucional que se arrasta desde meados do ano passado, o chefe do Executivo federal não compareceu à solenidade de abertura do Ano Judiciário, no STF, que ocorreu na manhã desta terça-feira.

Bolsonaro havia confirmado presença, mas na segunda-feira (31) decidiu cancelar. No lugar dessa agenda, sobrevoou as áreas atingidas pelas fortes chuvas em São Paulo, junto a ministros, em helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB). 

Na solenidade, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, fez discurso simbólico dedicado ao apelo por um ano eleitoral “marcado pela estabilidade e pela tolerância”.

“Não obstante os dissensos da arena política, a democracia não comporta disputas baseadas no ‘nós contra eles’”, declarou Fux. Parte considerável do discurso foi marcada pela defesa da Constituição, da liberdade de expressão e de imprensa.

O ministro fez diversas ponderações sobre como a política e as eleições despertam paixões “acerca de candidatos, de ideologias e de partidos”, além de debates acalorados. Mas defendeu, de forma incisiva, que “não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para violência contra as instituições públicas”. 

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Fonte: O tempo

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