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Rondônia, segunda, 30 de setembro de 2024.




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Conheça a praia de ondas que vai ficar a 15 minutos da Faria Lima


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São Paulo é a cidade sem praia com o maior número de surfistas do mundo. Um levantamento da revista Almasurf apontou que 150.000 moradores da capital paulistana pegam onda. Em breve parte desse público não precisará mais pegar os engarrafamentos nas Rodovias Imigrantes ou Carvalho Pinto para cair na água com a prancha.

O Beyond The Club São Paulo será um complexo para prática de esportes, como o surfe, com centro de bem-estar e boa gastronomia. Vai ficar no bairro de Santo Amaro, ao lado da Ponte Transamérica da Marginal Pinheiros, onde ficava o Hotel Transamérica. E a uma distância de apenas 15 minutos de carro da Faria Lima, símbolo do mercado financeiro do país.

As obras acabaram de começar e a entrega do empreendimento está prevista para o primeiro semestre de 2025. O complexo contará com mais de 100 mil metros quadrados. O projeto arquitetônico é da Aflalo Gasperini Arquitetos e quem assina o projeto de interiores é Gui Mattos.

900 surfistas por dia

No projeto do Beyond The Club São Paulo consta a maior e mais potente piscina com ondas artificiais do mundo, com a tecnologia da espanhola Wavegarden, empresa líder no segmento. A praia terá uma área aproximada de 27.000 metros quadrados.

A areia é de mineradora e esquenta menos do que a da praia. A piscina terá ondas para todos os níveis, inclusive as mais altas, para os mais avançados, com reprodução do barulho do mar. Lá também funcionará uma escola de surfe.

No total a praia paulistana comportará 900 surfistas por dia, que poderão usufruir dos 24 tipos de ondas geradas por 62 motores, capazes de criar uma onda a cada quatro segundos. As pranchas dos sócios poderão ficar guardadas em um depósito local.

De e-sports a charutaria

A atração principal do Beyond The Club será a piscina com ondas. Mas não só. As atividades esportivas vão de pista de skate indoor passando por oito quadras de beach tênis, espaço para lutas, arena de e-sport com simuladores de esqui e de Fórmula 1.

O clube paulistano terá seis quadras de tênis, duas de squash e uma de padel, duas piscinas cobertas e climatizadas, campo de futebol society, duas quadras poliesportivas. Haverá um grande spa e um centro de fisioterapia. O acesso poderá ser feito pela ciclovia da Marginal Pinheiros e o clube contará com um centro mecânico para as bicicletas.

Restaurantes, lojas, bares, charutaria, adega, coworking, espaço pet e centro médico para pronto atendimento estão também previstos. O empreendimento contará ainda com um dos maiores teatros do Brasil, com mais de 1.000 lugares, que receberá grandes espetáculos e shows, aberto para sócios e não-sócios.

Também está no projeto a maior academia de clube de São Paulo, com 2.000 metros quadrados, salas de spinning, yoga, pilates, meditação e lutas, atividades circenses e ginástica. Com uma vantagem: o treino é com vista para a praia.

O antigo Hotel Transamérica está sendo reformada e contará com 78 quartos como opção de hospedagem para os sócios, para quem preferir ficar perto das atrações.

3.000 títulos familiares

O projeto é uma parceria entre o BTG Pactual Asset Management (do mesmo grupo da EXAME), KSM Realty e Realty Properties. No plano de crescimento está a replicação do projeto e do conceito em cidades como Miami, Madri e Dubai, com a criação da marca global Beyond The Club e uma comunidade em vários países do mundo.

A ideia é que os sócios do clube em São Paulo, por exemplo, possam frequentar no futuro as unidades de outras localidades. O investimento previsto do projeto inicial da capital paulistana é de 1,1 bilhão de reais.

Ao todo o Beyond The Club São Paulo comercializará 3.000 títulos familiares, para quatro pessoas, com valores a partir de 630.000 reais. Em caso de venda do título no futuro, o sócio fica com 90% do valor, uma prática rara em clubes de alto padrão da cidade.

“O título será um ativo imobiliário”, disse Oscar Segall, sócio da KSM Realty, em entrevista à Casual EXAME no escritório da empresa. “Achamos que haverá um mercado secundário forte, vai ter mais gente querendo entrar do que sair, em um lugar que consideramos que será mágico mesmo.”

Beyond The Club São Paulo: lazer dentro da capital paulistana (Beyond The Club/Divulgação)

A praia da Fazenda da Grama

Oscar Segall está no mercado há mais de 30 anos. Por sua antiga empresa, a Klabin Segall, já entregou mais 30.000 unidades em imóveis residenciais em 100 empreendimentos pelo Brasil. “Essa experiência me qualificou também para fazer a Fazenda da Grama, até para as pessoas que me achavam maluco.”

Segall criou o projeto da praia artificial no condomínio residencial de Itupeva, município no interior de São Paulo que se tornou reduto de milionários na pandemia. Sua experiência pessoal serviu de inspiração. “Tinha vontade de voltar a praticar um esporte que apresentava diversas dificuldades logísticas, como a distância da praia.”

O empresário imaginou criar uma praia no interior de São Paulo que fosse mais acessível, segura, fácil de surfar e com ondas perfeitas. O investimento lá foi de 160 milhões de reais e incluiu reajuste do metro quadrado. “Vender um prédio na maquete é mais ou menos fácil, o interessado consegue ter uma ideia. Vender uma praia que ninguém nunca tinha visto foi um desafio”, conta.

O sucesso do empreendimento no interior de São Paulo motivou Segall a fazer mesmo em São Paulo. “A praia da Grama já é conhecida lá fora, entre surfistas da Costa Rica, da Nova Zelândia. Por isso a confiança em replicar o modelo em São Paulo.”

Associação sem fins lucrativos

As vendas dos títulos devem render cerca de 2 bilhões de reais. O Beyond The Club será uma associação sem fins lucrativos. A receita gerada pelos serviços será revertida no próprio clube. O conselho de administração será formado por 27 sócios.

Cerca de 600 títulos dos 3.000 disponíveis já foram vendidos. “Queremos reunir pessoas interessadas em gastronomia, esportes e entretenimento saudável, em um espaço amplo e moderno, de arquitetura única”, diz Caio Cintra Franco Segall, sócio da KSM Realty.

Para o sócio do BTG Pactual Asset Management, Iuri Rapoport, o sonho é que o sócio, ao cruzar as catracas do clube, tenha a sensação de estar em um local jamais visto. “Não se trata só da cultura e prática do surfe, sem dúvida um baita atrativo. Mas também de prover um espaço de encontro de diversos esportes, radicais e tradicionais, e práticas e cuidados de bem-estar para o corpo e a alma”, diz.

Fonte: Exame

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