Condenados pelo incêndio na Kiss já cumprem pena em regime fechado

Os quatro condenados pelo incêndio na boate Kiss já começaram a cumprir pena em regime fechado.

As prisões ocorreram após decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, que cassou o habeas corpus preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Após a publicação da decisão, na noite desta terça-feira, Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, se apresentou à justiça e iniciou o cumprimento da pena de 18 anos de prisão em uma unidade a 90 km de Santa Maria, cidade onde ocorreu o incêndio que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

Em seguida, Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, se entregou, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele foi condenado a 22 anos e meio de prisão e foi encaminhado a um presídio na capital gaúcha.

Se apresentaram à justiça na manhã desta quarta-feira, Luciano Bonilha Leão, produtor da banda e condenado a 18 anos de prisão e Mauro Hoffmann, sócio da boate e condenado a 19 anos e meio de reclusão. Mauro cumprirá pena na Região Metropolitana de Santa Catarina. Já Luciano Leão, foi encaminhado ao mesmo presídio em que está Marcelo dos Santos, em São Vicente do Sul.

A condenação dos quatro réus por homicídio com dolo eventual, foi definida esse mês, após um julgamento de 10 dias, o mais longo da história do Rio Grande do Sul.

De acordo com a determinação do juiz Orlando Faccini Neto, os condenados deveriam cumprir pena, imediatamente, mas a defesa de Elissandro Spohr, apresentou um habeas corpus preventivo.

O Ministério Público recorreu e ontem o ministro Luiz Fux, do STF, derrubou o habeas corpus preventivo e determinou que os quatro começassem a cumprir pena imediatamente.