Política
Comissão de Saúde analisa situação do Hospital Santa Marcelina
Pagamentos em atraso e impasse para formalizar novo contrato.
A representante do Santa Marcelina, Cris Laine, enfermeira e integrante da parte técnica-administrativa SM, fez explanação curta, mas bastante objetiva da situação do hospital aos membros da Comissão de Saúde. O contrato emergencial (140 leitos, 402 pacientes mais RH) firmado com o governo do Estado, para que o SM receba pacientes do João Paulo II, que não consegue atender a demanda venceu no último dia 15 de junho e não foi renovado.
Um dos problemas seria manter o contrato com novo chamamento acrescido de cirurgias ortopédicas, porém o empecilho tem sido o custo. “O Santa Marcelina não é um hospital público, não visa lucro, mas não pode ter prejuízos. O atendimento é para pacientes clínicos-ortopédicos e não cirúrgicos como diz a nova proposta”, argumentou Cris.
O contrato anterior não diz que os atendimentos são clínicos-cirúrgicos como está no proposto pelo governo do Estado. Por isso, o custo por paciente é de R$ 402/dia mais RH. Não há como assinar um novo contrato com o mesmo valor e acrescido de cirurgias.
Das 140 vagas, hoje estão internados no Santa Marcelina, 91 pacientes, mesmo com o contrato vencido. Recentemente, o secretário de Estado da Saúde (Sesau), Jefferson Rocha, esteve no local e conseguiu, que a direção mantivesse a parceria com a Sesau.
Após a explanação de Cris e questionamentos diversos dos deputados, foram aprovados vários requerimentos que serão encaminhados para a Sesau e ocorrerá uma visita ao titular da secretaria, Jefferson Rocha para se buscar uma solução, pois a situação é preocupante.
A direção do Santa Marcelina ofereceu à Sesau a realização de cirurgias ortopédicas, ao preço do Sistema Único de Saúde (SUS), mas, segundo Cris, não se obteve respostas. O Santa Marcelina tem seis centros cirúrgicos e condições de realizar procedimentos ortopédicos e de outras especialidades.
O vereador de São Miguel do Oeste, Valmir Aparecido Pessoa dos Santos (PT) foi convidado a participar da reunião. Segundo ele, a região tem dificuldades para a realização de cirurgias oftalmológicas, e a “demanda é grande”, alertou.
Outro problema, que é sério, segundo Valmir, é o sistema de regulação eletrônica da Sesau, que não funciona. Uma pessoa demora em torno de 40 minutos para fazer o procedimento e nem todos têm conhecimento eletrônico suficiente para realizar a operação. “Esse tempo daria para o médico atender no mínimo duas pessoas, porque, após a tal regulação a demora gira em média de 4 a 5 horas”, denunciou o vereador.
Participaram da reunião, além da deputada Cláudia de Jesus, os deputados estaduais Alan Queiroz (Podemos), Luizinho Goebel (PSC), Cássio Góes (PSD), Ismael Crispin (PSB) e Lucas Torres (Republicanos).
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Texto: Waldir Costa I Secom Alero
Foto: Rafael Oliveira I Secom Alero