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Rondônia, terça, 08 de outubro de 2024.




Nacional

Com alimentação cara, consumo aumenta em restaurantes empresariais, diz setor


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O alto custo para a compra de alimentos no Brasil tem alterado a rotina das famílias e restaurantes instalados nas empresas têm notado alta no consumo nas refeições. O motivo é justamente o encarecimento dos produtos nos supermercados. Nos últimos 12 meses, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplos (IPCA), o setor de alimentação e bebidas está com alta acumulada de quase 15%, segundo o IBGE. 

Por outro lado, conforme a Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), a gramagem de alimentos consumida por pessoa cresceu 8% em 2021, se comparado com os dados de 2021. Segundo a organização, o trabalhador está migrando as demandas alimentares para restaurantes empresariais para suprir as necessidades diárias.

Rogério Vieira, presidente da Aberc, diz que o segmento de restaurantes empresariais costumam operar com margens de lucro muito baixas, por isso qualquer variação já se torna logo perceptível. E esse impacto tem sido cada vez maior, especialmente nos últimos três meses. “O aumento no consumo tem sido devastador para os negócios”, avalia.

O setor de restaurantes empresariais vem sentindo a inflação pesar no caixa porque mais da metade dos custos de uma refeição (55%) envolvem, justamente, as matérias-primas alimentares e insumos que mais pressionam a inflação: verduras, legumes, carne, arroz e feijão.

Segundo Vieira, a base utilizada no preparo da refeição são os produtos da cesta básica de alimentos, que são, justamente, os itens que os trabalhadores dão prioridade nos supermercados. “Se não há como abastecer a cozinha de casa, as refeições coletivas servidas nas empresas se tornaram um salva-vidas em meio a esta crise financeira provocada pela inflação em alta”, afirma.

Atualmente, mais de 14 milhões de trabalhadores brasileiros se beneficiam dos restaurantes empresariais, que atuam de forma terceirizada dentro de indústrias, hospitais e escolas, produzindo e fornecendo refeições balanceadas e completas. Para a associação, este novo perfil de consumo tende a ser contínuo e deverá se intensificar ainda mais nos próximos meses. 

“Isso poderá levar à revisão e renegociação dos preços praticados nos contratos novos e vigentes, numa tentativa de adequá-los às novas condições do mercado e evitar o desequilíbrio econômico”, calcula a associação. 

Fonte: O tempo

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