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Com 600 mil visitantes, Bienal do Rio vende 5,5 milhões de livros em sua 40ª edição
Mais de 600 mil pessoas passaram pelo Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, na edição comemorativa de 40 anos da Bienal do Livro, que terminou neste domingo, 10. Cerca de 5,5 milhões de livros foram vendidos, segundo balanço apresentado hoje em coletiva de imprensa.
Em 2019, foram comercializados aproximadamente 4 milhões de livros e, em 2021, em edição reduzida em função da covid-19, o número de livros vendidos na Bienal do Rio de Janeiro alcançou 2,5 milhões de exemplares. A média anterior de seis livros por pessoa foi superada, atingindo nove livros comprados por visitante.
“Esse é o Brasil que a gente quer”, disse a diretora da GL events, Tatiana Zaccaro, responsável pela organização da feira.
O presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel), Dante Cid, acrescentou que todos os segmentos foram bem-sucedidos. Ele destacou o empenho dos organizadores em tornar o evento “mais diverso e inclusivo” possível, com representantes de toda a sociedade brasileira.
Patrimônio do Rio de Janeiro
Na avaliação dos organizadores, a Bienal se consolidou como o maior festival de literatura, cultura e entretenimento do país, estimulando o hábito da leitura não só entre crianças, mas também entre os jovens. “A Bienal é um patrimônio do Rio de Janeiro”, apontou Tatiana Zaccaro. Para Dante Cid, o evento cumpriu o papel de demonstrar a preciosidade que é o livro.
Tatiana lembrou que mais de 100 mil crianças de escolas da rede pública visitaram o evento e, muitas delas, adquiriram um livro pela primeira vez, graças aos cartões distribuídos com essa finalidade para estudantes e professores pelas secretarias municipal e estadual de Educação. Os investimentos com essa finalidade somaram R$ 13,5 milhões.
Como foi o movimento na Bienal
Foram dez dias de ruas movimentadas, alegria por encontrar os autores preferidos e pessoas saindo da feira com sacolas cheias de livros. Os painéis da Bienal ganharam, nesta edição, novos formatos e espaços para o público apaixonado por histórias. Com mais de 497 editoras, selos e distribuidoras e uma diversidade de títulos, o tíquete médio de gastos com livros ficou em torno de R$ 200.
“Estamos falando do livro como ponto de partida ou chegada, a partir de uma transversalidade com os mais diversos tipos de mídia, porque os assuntos tratados no livro físico também viram séries, filmes, games, música, e isso garante que as histórias possam atrair mais pessoas formando novos leitores, já que o livro é sempre o protagonista”, ressaltou Tatiana.
Com área ocupada de 90 mil metros quadrados, 10% maior que na edição de 2019, no período anterior à pandemia da covid-19, a Bienal 2023 recebeu mais de 380 autores na programação oficial.
Fonte: Exame