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Chiliz muda blockchain após perda de espaço e queda de fan tokens
A Chiliz anunciou nesta semana a conclusão de uma atualização na sua rede blockchain própria, a Chiliz Chain. Batizado de “Dragon8”, o conjunto de mudanças faz parte de um esforço da empresa para reforçar a relevância da rede, que ficou famosa por abrigar os principais projetos de fan tokens de times de futebol ao redor do mundo.
De acordo com a empresa, a atualização realizada foi do tipo “hard fork”, descrita como “uma transformação radical na forma como um blockchain funciona”. “A maioria dos principais blockchains tem vários hard forks por ano, o que lhes permite fazer progressos significativos na forma como funcionam e introduzir novos recursos e ferramentas no núcleo do seu código. Os hard forks também fornecem melhorias de segurança e preparam a rede para evoluções futuras”, explica.
A companhia afirma que as mudanças representam uma “nova era” para o projeto, incluindo melhorias de tecnologia e um novo modelo de “tokenomics”, ou seja, as características básicas de uso e funcionamento da sua criptomoeda própria. O objetivo é “agilizar o gerenciamento de taxas de transação e melhorar a eficiência econômica para os desenvolvedores”.
Alexandre Dreyfus, CEO da Chiliz e Socios.com, disse que “estamos imensamente orgulhosos de propor o Dragon8, uma prova de nossa busca por inovação e excelência. A implementação do Tokenomics 2.0 foi projetada para reforçar o valor e a sustentabilidade de longo prazo para nossa rede, garantindo que a Chiliz Chain continue sendo o blockchain líder para a indústria de esportes e entretenimento”.
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Entre as novidades, a moeda digital da rede terá uma taxa de inflação anual que começará em 8,8% e irá diminuir até se estabilizar em 1,88% daqui a aproximadamente 14 anos. O token conta agora com um mecanismo de queima das taxas pagas em transação.
A Chiliz avalia que a mudança ajuda a “fornecer uma estrutura de incentivos equilibrada que promova tanto a participação imediata quanto o compromisso de longo prazo dos validadores e usuários da rede”. Atualmente, a iniciativa conta com mais de 80 projetos de tokens em sua rede, com foco na comunidade esportiva.
Entretanto, o blockchain tem tido dificuldades para obter mais espaço no mercado exatamente devido a uma posição mais fraca dos fan tokens em relação ao seu auge, em 2021. Desde então, os lançamentos de fan tokens ligados a clubes de futebol diminuíram, assim como o interesse de investidores. Com a novidade, a Chiliz parece estar se esforçando para mudar esse cenário.
Fonte: Exame