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Rondônia, terça, 05 de novembro de 2024.


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Carlos Guilherme Nosé: O poder da espera


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Por Carlos Guilherme Nosé

Em diversos encontros profissionais ou sociais, vira e mexe me perguntam: “E aí, o metaverso vai acabar com quais profissões? E o ChatGPT, já está tirando emprego de algumas pessoas?”

E dentro desse mundo tecnológico que vivemos, entendo que é normal criarmos essas dúvidas e angústias para saber o que vem por aí.

Não consigo prever para vocês com exatidão como vai ser, mas posso recomendar o seguinte: Vamos esperar.

Esperar não é ficar sentado no sofá sem fazer nada. Acredito que o bom líder se atualiza, se conecta com as inovações e entende como todas essas novidades impactam seu negócio, seu papel como líder e seu time.

Há 30 anos, no auge da minha adolescência, queria seguir carreira de piloto de aviação comercial. Conversei com algumas pessoas e com meu pai, que na época trabalhava em uma das maiores multinacionais de automação industrial. E a conclusão foi: Em breve haverá tecnologia suficiente para fazer o avião voar sozinho e não vai mais precisar de piloto. E eu acreditei naquilo e segui outros caminhos (que no final, foram acertados!). Mas o que trago nessa história é: Sim, já existe tecnologia suficiente para fazer o avião voar sozinho, mas ainda há dois pilotos lá na cabine de comando. Por que?

Acredito que há mais transformação das profissões, do que sua extinção em si. Quando analisamos e muitas vezes nos assustamos com tanta inovação, tanta tecnologia, é normal que fiquemos preocupados com nosso futuro. Mas não podemos nos esquecer que o ser humano é um dos seres mais adaptáveis que existe. Nossa capacidade de desaprender e reaprender é imensa e nunca foi tão demandada como nos últimos anos!

Para quem acha que “já chegou lá” e não precisa mais evoluir, a notícia é ruim, sim. Engano seu achar que não precisa mudar ou se adaptar. Nós, lideres e gestores, somos os primeiros que precisamos nos mexer, dar o exemplo, direcionar e, principalmente, acolher e acalmar a ansiedade da equipe.

Temos o enorme desafio de desbravar as novas fronteiras da inovação e tecnologia, mas não podemos acelerar mais do que o possível, saber a hora certa de ir em frente ou literalmente esperar as “coisas se ajeitarem” é uma arte que o gestor precisa dominar.

Tudo a seu tempo, assim como o piloto não precisa mais segurar o manche do avião em uma tempestade, ele precisa, sim, ter conhecimento de como usar a tecnologia para desviar das tempestades a tempo.

Use a tecnologia para te ajudar a traçar a melhor rota, mais segura e com menor chance de tempestades.

*Carlos Guilherme Nosé é CEO e sócio da FESA Group

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