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Butantan começa a testar soro contra Covid em humanos; entenda como será


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O Instituto Butantan anunciou o início imediato dos testes em humanos de seu soro anti-Covid, após autorização concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (15).

Agora, o Butantan conta com permissões para a realização de todas as etapas dos testes do soro. O objetivo, segundo o instituto, é que o medicamento auxilie o tratamento de pessoas infectadas pela doença. Ele não substitui a vacina, que é algo preventivo.

Os ensaios clínicos serão realizados no Hospital do Rim e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e vão avaliar a segurança e a eficácia do soro, além de escalonar a dose. Os voluntários tem mais de 30 anos e com diagnóstico de infecção por Covid-19 confirmado há no máximo cinco dias.

O soro é inserido na veia em uma única aplicação que ocorre no hospital.

Na fase 1, que foca na segurança do produto e definição de dose, o estudo vai envolver 30 pessoas transplantadas de rim, pacientes do Hospital do Rim; e 30 pacientes oncológicos do Hospital das Clínicas, com câncer de órgão sólido. Na fase 2, participarão 558 pessoas, entre transplantados de órgãos sólidos e pacientes oncológicos, todos fazendo terapia imunossupressor”, explicou o instituto em nota.

“O foco do soro anti-Covid nos imunossuprimidos é uma contribuição do Butantan para fornecer tratamento a um público numeroso que tem dificuldades na sua imunização e, em muitos casos, não pode tomar vacina. Além disso, são pessoas bastante afetadas pela Covid-19, com uma taxa de mortalidade que pode ser superior a 65%”, informou o órgão.

O cavalo

O Butantan explicou que o soro foi obtido por meio da aplicação do antígeno em cavalos, algo comum na produção de soro rico em anticorpos. “Como um dos maiores produtores de soros da América Latina, o Butantan conta com um espaço dedicado à manutenção de cavalos, a Fazenda São Joaquim, em Araçariguama, São Paulo”. O local abriga cerca de 900 animais que atuam na produção de 13 tipos de soros, entre antiofídicos (contra veneno de cobra), antiescorpiônico (escorpião), antiaracnídico (aranhas e escorpião), antitetânico (tétano), e antirrábico (raiva);

Resumidamente, o processo funciona a partir do vírus cultivado e inativado em laboratório (que não causa a doença) inoculado nos cavalos, que respondem produzindo anticorpos. O plasma do animal é coletado e passa por várias etapas até ser, de fato, transformado no soro (veja detalhes do processo aqui).

 

Fonte: O tempo

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