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Bolsonaro se defende da acusação de envolvimento no assassinato de Marielle


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O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se defendeu na live desta quinta-feira (7) da acusação de envolvimento no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, que foi alvejada no carro, junto ao motorista Anderson Gomes, em março de 2018. 

“Alguém me aponte um motivo que eu teria para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero. É um negócio que não dá nem pra gente discutir mais”, afirmou.

Referindo-se ao áudio da irmã do chefe da milícia, ex-policial militar Adriano da Nóbrega, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson e que foi assassinado em fevereiro de 2020, Bolsonaro disse também que Daniela Mendonça se equivocou.

“Os áudios dela [Daniela, irmã de Adriano da Nóbrega], pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou, em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto. Se equivocou no tocante a isso. É só ouvi-la. Pelo que lembro, nunca conversei com ela”, declarou.

O Palácio das Laranjeiras é a sede do governo do Rio de Janeiro. Na época do assassinato de Adriano da Nóbrega, o governador era Wilson José Witzel, eleito em 2018 que ficou no cargo até 30 de abril de 2021, quando sofreu impeachment.

O que motivou o impeachment contra Witzel foram investigações da Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Federal para investigar desvios na saúde do Rio de Janeiro.

Entenda o vazamento do áudio de Daniela Mendonça

Em uma interceptação telefônica autorizada pela Justiça, a Polícia Civil do Rio de Janeiro flagrou uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega acusando o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão.

A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo na quarta-feira (6). A gravação é de dois anos atrás, segundo o jornal. 

Amigo dos Bolsonaros, Adriano da Nóbrega morreu em 9 de fevereiro de 2020, em uma suposta troca de tiros com policiais militares, no interior da Bahia, após mais de um ano foragido sob acusação de comandar a maior milícia do Rio de Janeiro.

Ele também era suspeito de envolvimento no esquema da “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Assembleia Legislativa fluminense.

Ainda de acordo com a Folha, na gravação, Daniela Magalhães da Nóbrega afirma a uma tia, dois dias após a morte do irmão numa operação policial na Bahia, que ele soube de uma reunião envolvendo seu nome na sede do governo federal e do desejo de que se tornasse um “arquivo morto”.

“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, disse Daniela na gravação.

Adriano da Nóbrega também era investigado como líder de uma milícia em Rio das Pedras (zona oeste do Rio de Janeiro) e estava foragido da Justiça fluminense. Era apontado como um dos líderes do grupo de matadores de aluguel conhecido como “Escritório do Crime”, do qual supostamente fazia parte o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, quando voltavam de um evento político naquele ano eleitoral.

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Fonte: O tempo

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