Bolsonaro diz que Justiça deve cobrar a Petrobras, e não o governo, por reajuste

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) demonstrou incômodo, na live desta quinta-feira (17), com o pedido feito pela 9ª Vara Federal de Brasília, na última sexta-feira (11), de explicações sobre omissão do governo federal no controle da política preços praticada pela Petrobras.

Entre outras críticas, Bolsonaro disse que se quissesse “trocar hoje o presidente da Petrobras, não poderia”, referindo-se ao general Joaquim Silva e Luna, indicado pelo chefe do Executivo federal em fevereiro do ano passado. 

“Deixo claro para a Justiça brasileira, por favor, não tenho ascendência sobre a Petrobras. Se eu quiser trocar hoje o presidente da Petrobras, não posso trocar; se eu quiser trocar hoje o diretor da Petrobras, não posso trocar”, afirmou.

Essa declaração não coincide com aquela dada pelo presidente na quarta-feira (16), quando considerou a possibilidade de demitir o general, durante entrevista para a TV Ponta Negra.

“A Petrobras é praticamente independente. Então cobrem da Petrobras, seria uma boa ação, cobrem a quem é de direito e não de mim. Se eu tivesse poderes, obviamente, poderia sugerir coisa à Petrobras e, em comum acordo, acertaríamos muita coisa lá, visando sempre a produtividade em consequência da diminuição do preço dos combustíveis”, disse ainda o chefe do Executivo.

Desde que a Petrobras aumentou o preço da gasolina e do diesel, Bolsonaro tem feito recorrentes manifestações críticas, chegando a sugerir novamente a privatização da estatal para se livrar desse problema, como ele mesmo colocou na mesma entrevista para o canal potigual.

Por sua vez, o general Silva e Luna, que tem sido pressionado a pedir demissão, já deixou claro que essa decisão está nas mãos do Planalto.

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