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Rondônia, domingo, 29 de setembro de 2024.




Nacional

Bolsonaro aciona ministérios contra protesto por Moïse em igreja curitibana


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Diante da repercussão de um vídeo no qual um grupo de manifestantes aparece, no sábado (5), protestando numa igreja no Centro Histórico de Curitiba (PR), durante ato pelo assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, no Rio de Janeiro, o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) não tardou em reagir.

O presidente afirmou, nesta segunda-feira (7), que já acionou o Ministério da Justiça, chefiado por Anderson Torres, e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, liderado por Damares Alves, para acompanhar o caso “de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos”.

Ele também aproveitou a oportunidade para ataques eleitoreiros: “Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo”, escreveu.

Veja as publicações de Bolsonaro no Twitter, com divulgação de trecho do vídeo.

 

A Arquidiocese de Curitiba afirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que houve “agressividade e ofensas” por parte dos manifestantes e que “lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotesco”. 

O presidente da República, o ministro da Justiça e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos ainda não se pronunciaram sobre os crimes de racismo que tiraram as vidas de Moïse e de Durval Teófilo, assassinado na última quarta-feira (2) por um vizinho que o “confundiu” com um ladrão.

Na quinta-feira (3), Damares chegou a reclamar de “cobrança muito grande” para que ela se manifestasse sobre episódios de violação dos direitos humanos.

Outro lado

O vereador Renato Freitas (PT) participou do ato e foi duramente criticado nesta segunda-feira na sessão da Câmara Municipal de Curitiba. Nas redes sociais, ele se defendeu, afirmou que o vídeo foi descontextualizado e que o ato era em valorização da vida, contra o racismo e a xenofobia.

“Ressaltamos que não houve invasão à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, pois ela se encontrava aberta e a missa já havia terminado, COMO FACILMENTE SE CONSTATA NAS IMAGENS, já que o lugar estava vazio”, escreveu o parlamentar.

“Entramos na Igreja como parte simbólica da manifestação, uma vez que foi construída em 1737, durante o regime de escravidão, por pessoas pretas e para pessoas pretas, a quem era negado o direito de entrar em outros lugares”, acrescentou em outra publicação.

Veja a defesa do vereador no Twitter:

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Fonte: O tempo

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