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Após morte de petista, Lula pede à militância que não aceite provocações


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Diante do recente episódio de violência política que vitimou Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu aos apoiadores que não briguem com opositores.

“Não quero ninguém brigando, ninguém aceitando provocação. É o que temos que fazer nos próximos três meses, são três meses que vamos multiplicar o povo nas ruas. Vamos continuar nossos atos públicos”, declarou Lula.

“Nós não precisamos brigar, nossa arma é nossa tranquilidade, é o amor que temos entre nós, é a sede que temos de mudar a vida do povo brasileiro. Nós não temos que aceitar provocação, se alguém provocar vocês, mande ele morder o próprio rabo e não brigue”, acrescentou o petista.

Ele discursou num ato público que reuniu, além do pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), apoiadores e lideranças de partidos coligados e federados ao PT, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), nesta terça-feira (12).

Ainda em seu discurso, Lula desmentiu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que atribui à esquerda o incentivo à violência política, e disse que em todas as campanhas do PT, nunca houve episódio de violência. 

“Estão tentando fazer das campanhas eleitorais uma guerra, estão tentando botar medo nas pessoas. É interessante porque o PT polariza nas campanhas para presidente desde 1984, e não tem sinal de violência”, afirmou Lula.

Apesar da declaração do ex-presidente, tanto Bolsonaro quanto apoiadores dele têm criticado Lula por ter agradecido a reação do petista e ex-vereador Manuel Eduardo Marinho, o Maninho, que ficou preso por sete meses acusado de tentativa de homicídio contra um adversário político em 2018.

O ex-governador de São Paulo e vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, também repudiou o clima de violência que tem escalonado no país neste ano eleitoral. 

“Quando uma pessoa invade uma festa de aniversário e mata outro por intolerância política, quando com drone jogam veneno sobre o povo, quando atiram bomba na multidão como foi no Rio de Janeiro, o Brasil precisa mudar. Não é possível continuar nesse estado de coisas.”

No mesmo evento, a presidente do PT e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, pediu um minuto de silêncio por Arruda e a esposa de Lula, Rosângela Silva, a Janja, dedicou o novo jingle do PT, escrito por ela, também ao guarda municipal. 

Mais cedo, Bolsonaro realizou uma chamada de vídeo com a família de Marcelo Arruda. Trecho do vídeo, divulgado pelo blog do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, mostra quando o chefe do Executivo federal convidou os familiares de Marcelo a participarem de entrevista coletiva em Brasília para esclarecerem o ocorrido.

Os parentes do petista não deixaram claro se aceitariam o convite ou não e disseram que não querem que o caso seja ainda mais explorado politicamente. Os irmãos do petista assassinado são apoiadores do presidente Bolsonaro e o fato era motivo para descontração entre os familiares.

“A ideia é ter uma coletiva com a imprensa para vocês falarem a verdade, não é a esquerda ou a direita. A imprensa está tentando desgastar o meu governo”, disse o presidente à família.

Bolsonaro chegou a dizer que, embora houvesse troca de ofensas dos dois lados, nada justifica a ação de seu apoiador. 

“Por mais que por ventura tenha tido uma troca de palavras grosseiras, mas não justifica o cara voltar armado e fazer o que ele fez”, afirmou Bolsonaro. Um dos parentes de Marcelo respondeu: “Nem justifica ele ter aparecido lá, presidente”.

Ainda na capital federal, Lula e Alckmin participaram de outro evento, fechado à imprensa, na Confederação Nacional do Comércio (CNC), onde receberam uma agenda de propostas elaboradas por empresários do setor de comércio, serviços e turismo. A mesma agenda foi entregue a outros presidenciáveis, como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a senadora Simone Tebet (MDB).

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Fonte: O tempo

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