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Rondônia, sexta, 04 de outubro de 2024.




Nacional

Ano começa desafiador, mas BRF vê melhora nos custos e recuperação operacional a partir do 2º tri


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Para o cenário de juros altos, o operacional da BRF (BRFS3), dona da Sadia e da Qualy, tinha que ter sido mais forte, mas não foi o que aconteceu no primeiro trimestre para a companhia. Enquanto o mercado interno demonstrou resiliência, as exportações sofreram com o excesso de oferta da proteína de frango e os preços não foram competitivos, levando a companhia a um prejuízo líquido de R$ 1,03 bilhão no período, 35% a menos do que o prejuízo de R$ 1,57 bilhão no ano anterior. 

Ainda que o resultado tenha sido no campo negativo, há bons números a se observar no resultado da BRF. A receita líquida cresceu 9,4%, para R$ 13,2 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou 300% maior, a R$ 607 milhões, com a margem também demonstrando forte melhora: passou de 1,3% para 4,6%.

Agora, a expectativa da companhia é de trimestres de melhoria à frente. “Seguramente a empresa vai entregar em 2023 um resultado que vai refletir todas a melhoras. Entregamos um Ebitda bom, dado o cenário desafiador”, disse Miguel Gularte, CEO da BRF em entrevistas a jornalistas nesta segunda-feira. 

A confiança do executivo tem razão por alguns fatores. O primeiro deles são os preços dos grãos, que estão em queda. A matéria-prima agrícola é essencial na alimentação dos animais. O segundo fator tem a ver com ganhos de eficiência. Durante o período, o plano de eficiência avançou em todas as frentes de trabalho com a captura de R$ 418 milhões. Houve, por exemplo, redução de perdas e ociosidade na ordem de R$ 88 milhões e queda nos gastos com armazenagem e outras questões logísticas de R$ 34 milhões. A companhia também reduziu em 14 dias o tamanho de seus estoques. 

Cenário favorável a partir do segundo trimestre

Segundo CFO da BRF, Fabio Mariano, a companhia deve ver um cenário favorável a partir dos números do segundo trimestre, pela recuperação do mercado externo. “Esperamos que com a reação dos pedidos de abril e do começo de maio haja melhoria. Há uma recuperação contundente dos preços, especialmente do frango que teve sobreoferta. Vemos sinais positivos”, diz. 

Para lidar com a oscilação do mercado externo, o diretor financeiro diz que foi preciso encontrar alternativas de mercado, constantemente “maximizando” os destinos de venda. Nesse trimestre, a empresa teve três novas habilitações para exportar, além de 12 reversões de proibição. “É importante que tenhamos novos mercados e outros destinos de venda. Isso vai combinar o cenário de recuperação de preços com o cenário de redução de custos.”

No primeiro trimestre, apesar do aumento de 3,6% de volume nas vendas no mercado internacional, o Ebitda da operação ficou negativo em R$ 106 milhões, por causa da queda dos preços da proteína.

Com plano de desinvestimentos, como sua operação de alimentação pet, a BRF busca reforçar seu caixa ao longo do ano, mas, de acordo com Mariano, “não tem pressa para extrair o que consideramos valor justo dos ativos.” Ao fim do terceiro trimestre, a BRF reduziu o consumo de caixa de R$ 3,69 bilhões para R$ 1 bilhão, mas ainda viu a alavancagem crescer para 3,35 vezes por causa do impacto da operação internacional no Ebitda e pelo aumento das despesas financeiras puxadas pelos juros mais altos. 

Fonte: Exame

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