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Rondônia, terça, 05 de novembro de 2024.


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Ageless: experiência real no ambiente virtual


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Por Mauro Wainstock

Se você é um profissional acima dos 40 anos, já enfrentou, ou certamente muito em breve vai se deparar, com o conceito estereotipado de que está ultrapassado em termos tecnológicos.

Então vamos analisar algumas questões: você viveu em uma época em que a Internet ainda tinha conexão discada… lembra do barulhinho? A World Wide Web (WWW) nasceu apenas em 1993 e, o Google, 5 anos mais tarde. Mas você se adaptou a este novo universo virtual e hoje convive pacificamente com as principais inovações do mercado.

E mais: os 40+ estão à frente de algumas das principais empresas de tecnologia do Brasil. É isto mesmo! O estudo “Diagnóstico Comportamental dos Profissionais de TI”, realizado pela IT Mídia, concluiu que 55% dos líderes da área de tecnologia possuem mais do que 50 anos e que o cenário é promissor em diversos setores de TI, sobretudo na área de gestão. Entre os muitos exemplos, está o Linkedin, liderado por Milton Beck, e o Whatsapp, cujo CEO é Guilherme Horn.

Por sua vez, pesquisa da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais projetou que, em 5 anos, a demanda chegará a 797 mil talentos. Porém, o Brasil forma cerca de 50 mil profissionais na área. Conclusão: os 40+ podem ser a saída para equilibrar esta equação.

Christina Curcio, que depois de 25 anos como gestora de TI criou a Icon Talent, empresa de recrutamento especializada na contratação de profissionais de tecnologia, alerta: “Restringir esse mercado de trabalho apenas para jovens recém-formados é subestimar o potencial que profissionais mais maduros possuem”.

Ela prossegue: “Um profissional mais maduro é autogerenciável, possui experiência de vida e profissional e maior resiliência. Na maioria das vezes são pessoas que não estão em busca de um cargo, mas sim de fazer a diferença e buscar resultados”.

Mas para quem não é da área de tecnologia, é possível começar algo novo depois dos 40 anos?

De acordo com a plataforma Onlinecurriculo, que realizou uma pesquisa com 500 profissionais em 2023, 82% dos respondentes com mais de 40 anos já pensaram em dar outro rumo à vida profissional. E, para 70% dos entrevistados, não há limite de idade para a mudança acontecer.

Busca por melhores salários e falta de realização são os dois principais motivos para a transição de carreira, segundo 64% e 36% dos entrevistados, respectivamente. Já 30% mudariam para empreender e 29% fariam a movimentação em busca de mais saúde física e mental. As maiores preocupações entre quem quer mudar de carreira são desenvolver novas habilidades e encontrar oportunidades na área.

Para Christina, “o mercado de tecnologia parece algo muito complicado, inatingível, mas é preciso desmistificar isso. É claro que tem seus desafios, como as atualizações constantes de programas e softwares, mas isso os jovens também precisam enfrentar. O que o mercado mais precisa são de pessoas com olhares estratégicos, capacidade de gerenciamento de projetos e que tenham disponibilidade para aprendizagem constante. A técnica se aprende, mas as skills comportamentais fazem parte de uma maturidade que apenas quem já tem mais vivência consegue desenvolver”.

Por outro lado, os profissionais com mais de 40 anos também precisam ter este mindset e, como não são nativos digitais, devem estar dispostos a se atualizar em relação às tecnologias emergentes.

É justamente nesta área que atua Mônica de Carvalho Pereira, que tem 53 anos e é estrategista em WEB 3 e Metaverso. Em maio ela vai lançar um hub de educação, a Love4u Business & Creators Academy, cuja ambiciosa proposta é cocriar a educação 3.0.

Entre as tendências que serão ensinadas estão os NFTs (tokens não-fungíveis), ativos digitais únicos que podem ser comprados, vendidos e negociados em mercados online, e a DeFi (Finanças Descentralizadas), sistema financeiro baseado em blockchain que permite que as pessoas emprestem, tomem empréstimos e realizem outras transações financeiras sem a necessidade de intermediários, além da WEB 3, uma nova geração da internet onde o blockchain é o principal motor e promove uma nova cultura de relacionamento mais descentralizada, transparente, proprietária, comunitária, com o criador no centro das relações.

Os termos parecem complicados. Inicialmente são mesmo. Mas os 50+ podem se acostumar, como fizeram com o surgimento da versão inicial e atual da Internet (WEB 2).

Mônica enfatiza: “Embora possa haver uma curva de aprendizado, muitas das habilidades que os profissionais mais velhos já possuem, como a capacidade de resolução de problemas e o gerenciamento de projetos, podem ser aplicadas de forma valiosa em uma variedade de áreas da WEB 3”.

De acordo com a especialista, entre as inúmeras oportunidades profissionais, destacam-se desenvolvedores de blockchain, especialistas em segurança cibernética, em tokenização, em DeFi, em inteligência artificial e em metaverso, designer e modelista 3D.

Estas tecnologias têm impacto imediato nas áreas de Inovação, Comunicação e Marketing das empresas e nos segmentos Financeiro, Moda, Beleza, Automotivo e Imobiliário.

Se você deseja se aprofundar neste tema, Mônica dá algumas dicas:

– Manter a curiosidade e estar sempre aberto a novos aprendizados.

– Interagir com profissionais mais jovens e ter disposição genuína para escutá-los.

– Estar em contato com hubs de inovação que são referência, como a Europa, os EUA e Israel.

– Participar de eventos sobre o tema e trocar conhecimentos e experiências com profissionais da área.

E você, o que está esperando?

Bora fazer acontecer agora!

*Mauro Wainstock tem 30 anos de experiência em Comunicação. Foi nomeado Linkedin TOP VOICE, é mentor de executivos, conselheiro de empresas, palestrante sobre diversidade etária e sócio-fundador do HUB 40+.

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