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Rondônia, sábado, 05 de outubro de 2024.




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A mulher tem perfil de investidora? Especialistas debatem


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Em assuntos dominados por homens há décadas, existe uma tendência de que as mulheres acreditem que os temas não ‘sejam para elas’. Isso passa por desde trocar o pneu de um carro até buscar uma carreira em Exatas, e também por investir.

Mas, afinal, essa é apenas uma convenção social ou, de fato, a mulher não tem perfil de investidora? Este foi o tema de um debate entre Denise Pavarina, conselheira do Bradesco, e Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual. A discussão foi realizada em um dos painéis do Women Invest Summit, organizado por um grupo que já soma mais de mil investidoras. Maria Helena Válio, fundadora do grupo, foi a intermediadora.

Pavarina começou o painel apontando que existem características naturais das mulheres, mas também muitos mitos. “Parte do nosso trabalho é desmistificar isso”.

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Roberto Salloutti, CEO do BTG, aponta que o perfil de investidor conservador, moderado e avançado é o mesmo para homens e mulheres e o banco busca não se ater ao estereótipo de que a mulher é mais conservadora. “Minhas sócias sempre me provocam que o banco precisa olhar para as clientes da mesma forma. O perfil vai depender do comportamento e psicológico de cada um, e não de gênero”.

Já Pavarina aponta que as diferenças são menores do que se pensa, mas existem. E elas são sustentadas por pesquisas de gestoras globais, como Fidelity e Vanguard.

Uma delas é que a mulher tem mais objetivos de longo prazo e gira menos a carteira do que os homens, aponta Pavarina. “Eu sou um exemplo disso. Quando a pandemia começou eu esperei para mudar a carteira, para verificar se o mercado havia desmanchado de vez ou iria se recuperar”.

A estratégia parece ser acertada: o resultado, segundo pesquisa da Fidelity, é que a carteira de investimentos feminina rendeu em média 1,8 ponto porcentual a mais do que a dos homens, enquanto sua volatilidade foi 5 pontos porcentuais mais baixa.

Já o levantamento da Vanguard aponta que há uma preferência das mulheres por liquidez maior do que a dos homens. “Talvez por isso nós sejamos chamadas de conservadoras”, diz Pavarina.

Sallouti traz o questionamento sobre se o caminho é assumir essas diferenças ou abordar os clientes sem preconceito e oferecer mais educação financeira. “Dessa forma, acreditamos que o perfil da mulher pode mudar. É importante entender o ciclo no qual estão”.

 

 

 

Fonte: Exame

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