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Rondônia, terça, 01 de outubro de 2024.




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Kinea vê risco menor nos títulos públicos com cautela do Tesouro


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A cautela recente do Tesouro Nacional ao reduzir a quantidade de títulos públicos ofertada nos leilões semanais para o mercado financeiro tem levado a uma queda da percepção de risco em relação a alguns desses papéis, especialmente as LTN, que remuneram taxas prefixadas em prazos mais curtos.

O chamado “prêmio de risco”, a diferença cobrada a mais pelo mercado para comprar um papel do governo em comparação aos contratos de DI (juros futuros) de vencimento correspondente negociados na B3, caiu nos últimos meses. Essa dinâmica se dá justamente em função da menor oferta regular feita pelo Tesouro em um momento de maior busca dos agentes por esse tipo de investimento, avalia a gestora Kinea Investimentos.

Segundo Leandro Teixeira, gestor de renda fixa da Kinea, a melhora é explicada por um fator técnico, já que muitos fundos têm ou são incentivados a manter parcelas de suas carteiras de investimentos em papéis do governo.

“Tem a necessidade de alguns agentes por títulos públicos enquanto o Tesouro tem diminuído muito a oferta dos títulos, em especial de prefixados”, disse Teixeira. “Alguns papéis estão com prêmio relativamente baixo justamente por essa carência do mercado, já que o Tesouro tem evitado emitir.”

O diferencial, ou spread, entre uma LTN para outubro de 2025 e um DI de igual vencimento se distanciou do pico recente de 0,35 ponto percentual, visto dois meses atrás, para cerca de 0,10pp em setembro. O prêmio está perto das mínimas vista em abril.

Emissões

Nos cálculos da Kinea, o Tesouro emitiu semanalmente, em média, R$ 26 bilhões em 2023 até a última quinta-feira, 21 de setembro. A média semanal de emissões caiu a R$ 18 bilhões nas últimas quatro semanas, de acordo com a gestora. Dados do Tesouro apontam que o volume mensal está em queda desde junho.

Em dias com alta acentuada das taxas prefixadas, o Tesouro limita a emissão de novos papéis para não causar uma pressão ainda maior sobre a curva de juros, o que acabaria por elevar a taxa paga pelo próprio governo, com reflexos sobre o custo da dívida pública, disse Teixeira.

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Fonte: Exame

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