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Investidor ignora a China e volta a apostar em outros emergentes
Os investidores de renda variável parecem ter superado as preocupações com o impacto global dos problemas econômicos da China e começam a apostar novamente em outros mercados emergentes.
O índice da MSCI para ações de emergentes que exclui a China subiu 1,5% nesta semana, o maior ganho em dois meses. O valor de mercado dos papéis no indicador — que inclui 47 brasileiras como Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4)— subiu US$ 45 bilhões até quinta-feira.
Seguem quatro tendências do descasamento entre outros emergentes e a China:
Valor de mercado
Desde o início do ano, o valor das ações de emergentes, excluindo a China, tem subido, enquanto o valor dos papéis da potência asiática caiu para menos de US$ 10 trilhões, de um recorde de US$ 13,1 trilhões há menos de dois anos.
Desempenho relativo
Um índice de ações de mercados emergentes, excluindo a China, atingiu o nível mais elevado desde 2014 quando comparado com o CSI 300 da China em dólar. O desempenho divergente é impulsionado principalmente pelos ganhos da fabricante de chips taiwanesa TSM, da brasileira Vale e da sul-coreana SK Hynix. Por outro lado, o Alibaba e a Tencent deram a maior contribuição para as perdas na China.
Menos volatilidade
A bom desempenho da economia americana ajuda a acalmar os nervos dos investidores em renda variável preocupados com a China. O indicador de volatilidade implícita nas opções de S&P 500, o VIX, esta semana teve sua maior queda desde janeiro.
Posicionamento
Os pessimistas começam a retirar suas apostas contra ações dos mercados emergentes. As posições vendidas no maior fundo negociado em bolsa focado em emergentes caíram para perto de zero, o nível mais baixo em três anos. O Vanguard FTSE EM ETF ganhou 1,4% até agora esta semana.
Fonte: Exame