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Rondônia, quinta, 03 de outubro de 2024.




Política

Ponte Binacional é tema de seminário na Alero


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Na última quinta-feira (31), a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) promoveu um seminário para discutir o projeto de construção da Ponte Binacional entre Brasil e Bolívia e os aspectos socioeconômicos e ambientais dos dois países.

 

Segundo o projeto, a Ponte Binacional terá 1,2 mil metros de extensão, construídos sobre o Rio Mamoré, entre o município de Guajará-Mirim, município brasileiro, e a cidade boliviana de Guayaramerín. A obra facilitará o trânsito de pessoas e mercadorias, estimulando o desenvolvimento do setor empresarial e criando empregos para nossa população.

 

O encontro foi aberto pelo deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) que ressaltou a importância da construção da ponte. “Esperamos com muita ansiedade para que este projeto possa acontecer e viabilizar a saída para o Pacífico, estreitando as relações comerciais com os países andinos e os asiáticos. Precisamos dar mais um passo para que possamos viabilizar esta sonhada integração que vem há mais de 100 anos desde o Tratado de Petrópolis”, destacou.

 

Para o deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil), a viabilidade da Ponte Binacional hoje é uma realidade. “É um trabalho de muitos anos e que, agora com o retorno do presidente Lula (PT), vamos trabalhar para viabilizar a construção desta ponte, pois precisamos que ela saia do papel. Neste momento precisamos não ter bandeiras, mas sim o interesse para que essa obra se torne realidade. O Brasil inteiro vai ser beneficiado e Rondônia muito mais por um projeto que vai virar um corredor de exportação e de importação. Que a Bolívia acelere essa parte para que não possamos perder mais tempo”, frisou.

 

O diretor de obras públicas da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, Allan Magalhães Machado, ressaltou que o acordo entre Brasil e Bolívia passou a ser uma prioridade aos dois países. “O governo brasileiro lançou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As rotas dependem dessa ponte e essa prioridade foi dada por nosso governo. Optamos pela contratação integrada para dar celeridade no posicionamento técnico e hoje temos todas as condições e dependemos apenas do sinal verde do governo boliviano”, explicou.

 

A consulesa da Bolívia, Tezalia Jauregui Pinto, reafirmou a importância da união entre os países no processo de conclusão dos últimos detalhes para a viabilidade da Ponte Binacional. “Estamos fazendo o possível para resgatar a importância desta obra. São duas cidades que se abraçarão por meio de uma ponte. É um momento de sentar e escutar as partes pois existem interesses comerciais, tratar das potencialidades e também do despertar para o turismo. Precisamos de uma resposta mais rápida possível e de maneira imediata, já que esse passamos por mais de 120 anos aguardando uma resposta sobre esta ponte”, justificou.

O engenheiro Jorge Chaves explicou que a ponte é uma demanda histórica para se resolver. “É uma configuração de uma sociedade não só entre Brasil e Bolívia, mas também entre Rondônia e o Departamento do Beni, que podem trabalhar em cooperação. Essa informação sobre a demanda da ponte será levada e isso muda um pouco. Todo mundo está dentro de um mesmo sentido e temos muitos outros projetos a desenvolver em conjunto entre os países”, afirmou.

 

De acordo com o diretor do campus da Universidade Federal de Rondônia (Unir) de Guajará-Mirim, Gabriel Cestari Vilardi, é essencial se desenvolver um Plano Diretor para o município. “O potencial de uma ponte é de atenção nacional garantindo um acesso com a Bolívia e Chile, atingindo mercados de potencial gigantescos. A cidade de Guajará-Mirim ainda não tem um plano diretor e precisamos preparar o município para a chegada desta ponte, visto que precisamos minimizar os impactos sociais e atrair benefícios para a sociedade”, disse.

 

Em seguida, a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil) reforçou a importância da ponte para o desenvolvimento da região de Guajará-Mirim. “Essa luta é de longa data com muitas pessoas envolvidas. É gratificante e um momento de muita alegria poder ver que está tudo pronto e dependendo somente de um aceite da Bolívia. São inúmeros negócios que poderão surgir com a economia girando, geração de empregos e renda, com uma chance de melhorar a vida das populações brasileira e boliviana”, afirmou.

 

O presidente da Câmara Municipal de Guajará-Mirim, vereador João Vanderlei de Melo, relembrou que o município sofreu muito nos últimos 25 anos. “A cidade começa a se destacar com a atuação dos parlamentares para mudar o cenário de Guajará-Mirim. Estamos trabalhando para que nossa população também possa acreditar que é um fato de que vamos realizar. Se só depende da Bolívia, acredito que vamos conseguir fazer esta ponte e quem está sendo a grande beneficiada é Guajará-Mirim”, resumiu.

 

A presidente da Câmara Municipal de Guayaramerin, vereadora Yaneth Mendez Ibañez da Silva, ficou surpresa por restar apenas a aceitação do governo boliviano para que seja feita a licitação da obra da ponte. “Me sinto emocionada por aguardarem apenas uma resposta boliviana e o aceite de um projeto que foi feito para atender os dois países. Clamamos por esta resposta que é fundamental para as regiões. Lutaremos e se possível não descansaremos enquanto não ouvirmos um aceite para a construção da ponte binacional”, cobrou.

 

A diretora de relações exteriores da Bolívia, Tatiana Paniágua, parabenizou os esforços de políticos brasileiros e bolivianos que estão atuando em conjunto pela construção da ponte. “Agora vamos trabalhar para a aceitação, validação e o ok, pois todo Departamento do Beni está apoiando para que se possa construir essa ponte que significa uma integração entre Bolívia e Brasil”, disse.

 

Ao final, Gislaine Lebrinha agradeceu a participação de todos os presentes pelo amplo debate em prol de uma resolução definitiva para a construção da Ponte Binacional. “Avançamos muito com esse seminário. Tenho certeza que, após essa reunião, vamos levar essas palavras para que o quanto antes possamos marcar essa reunião para que possamos ter esse aceite por parte da Bolívia. Temos a esperança que nossos irmãos bolivianos possam nos dar uma resposta o quanto antes”, encerrou.

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