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Rondônia, sexta, 11 de outubro de 2024.




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Banco Central vai ouvir empresários e universidades para coletar projeções econômicas, diz diretor


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O Banco Central está estudando a formulação de um sistema de coleta de expectativas de empresários e pesquisadores sobre indicadores econômicos, como inflação e PIB. A informação foi confirmada pelo diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, em live nesta segunda-feira.

Hoje, a autarquia coleta expectativas de aproximadamente 160 instituições, maioritariamente do mercado financeiro. O chamado Boletim Focus semanalmente apresenta as projeções desses agentes – sendo um dos componentes para a decisão do Banco Central sobre juros, a cada 45 dias.

O que disse Guillen?

“Estamos, nesse ponto, pensando nos contatos com as empresas e os pesquisadores. Pensando em outros bancos centrais que passaram por uma construção de pesquisa do setor não financeiro. Obviamente, uma pesquisa dessa leva um tempo de maturação, até a gente acreditar nos resultados — aponta Guillen.

O diretor define esse novo mecanismo como uma “métrica complementar”. Ele nega que esse movimento poderia “tirar a relevância” do Focus e também cita que há dificuldades para a efetivação dessa mudança:

“Fazer a pesquisa do setor não financeiro envolve um monte de desafios. Quando você sai do mercado financeiro, há menos esse entendimento (dos indicadores econômicos) — diz, ao sugerir que as instituições financeiras têm maior domínio técnico das projeções econômicas na comparação com as empresas na economia real.

Também na live de hoje, o diretor Diogo Guillen refutou o argumento de que o Banco Central “só escuta o mercado financeiro” – tese defendida pelos parlamentares críticos à atuação da autarquia monetária. O titular a diretoria de Política Econômica diz que é “natural” a proximidade com o mercado financeiro, sobretudo porque o BC é órgão regulador.

“Do ponto de vista de política monetária, fazem previsões muito robustas ,olham com muito cuidado sobre as projeções macroeconômicas. Ouvi-los contribui para tomar a melhor decisão. Agora, isso não vem em detrimento de reduzir as conversas com o setor não financeiro

Fonte: Exame

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