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Rondônia, quinta, 19 de setembro de 2024.




Nacional

Impulsiona promove encontro entre escola pública e atletas do Flamengo


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Troca de experiências em campo, discussão de questões de gênero no esporte, uma grande aula sobre futebol e muita emoção marcaram a manhã desta quinta-feira, dia 13, de 18 alunas de escolas públicas do Rio de Janeiro que se encontraram com as atletas do Centro de Treinamento da equipe feminina do Flamengo.

A ação realizada pelo Impulsiona, em parceria com a Empodera, ONG do Rio de Janeiro parceira da ONU Mulheres, ocorreu exatamente uma semana antes do início da Copa do Mundo Feminina de Futebol e teve o objetivo de reforçar a importância do esporte escolar na vida de crianças e jovens brasileiras.

“Quando eu cheguei e vi a Karol Alves, goleira, eu já comecei a chorar. Eu nem sabia que ela ia me dar a luva dela. Quando ela me deu, eu comecei a chorar mais. Foi emoção atrás de emoção. Vou comprar um quadro de vidro e pendurar essa luva no meu quarto para sempre lembrar desse dia”, conta Lauanny Ramalho, de 16 anos, uma das alunas impactadas com o encontro.

Logo cedo, ela e outras alunas puderam acompanhar o treino das atletas, conhecer o funcionamento do CT, jogar e interagir com as jogadoras, conhecendo as curiosidades do esporte e do dia a dia delas.

O encontro também emocionou a goleira do Flamengo, Karol Alves. A atleta lembra que nas aulas de Educação Física, nunca era escolhida para jogar com os meninos e que sempre mostrava o que era capaz quando tinha oportunidade.

“Ser goleira é muito difícil e é uma posição que muitas pessoas desistem. Quando eu vejo essas meninas aqui, é uma questão de motivação. Dar essa luva para a Lauanny é uma forma de incentivá-la no sonho de ser goleira, e o recado que eu deixo para elas é que mesmo que seja um desafio, você tem que continuar”, aconselha.

Inclusão feminina no esporte

Estudante que também participou da ação, Mylena Moreira, de 17 anos, relata que joga futebol desde pequena, mas que na rua sempre teve dificuldade para jogar com os meninos. “Na Educação Física, a gente nunca tem muita oportunidade. Enquanto os meninos jogam, as meninas ficam na arquibancada assistindo e torcendo por eles. Nos campeonatos, a nossa participação se resumia a dança”, lembra.

“Momentos como esse de hoje nos dão muito incentivo para o futuro. De hoje eu levo as palavras positivas e a energia das jogadoras para quando eu chegar em casa eu pensar bem, colocar minha cabeça no lugar, correr atrás do meu sonho e quem sabe um dia estar jogando com elas”, acrescenta Mylena.

Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que 85% das meninas entre 11 e 17 anos no Brasil são sedentárias. Segundo Daniela Kimi, Diretora de Desenvolvimento Institucional e Pesquisa do Instituto Península, esse número traz ainda mais à tona a importância do esporte começar nas escolas.

“As aulas de Educação Física devem ser espaços seguros e inclusivos para que as meninas se sintam empoderadas, e a partir disso, possam ocupar e praticar esporte em todos os espaços que desejarem. Por isso, é preciso dar abertura e segurança para o diálogo, inclusive, sobre questões de corpo e os ciclos do corpo feminino, como a menstruação, que ainda é um tabu para a prática de esportes”, ressalta.

Projeto  ‘Copa do Mundo Feminina na Educação Física!’        

Além da ação, o projeto contempla a disponibilização gratuita, a todas as escolas brasileiras, de materiais que ajudam os professores a usar o esporte como ferramenta no processo de aprendizagem. Um curso online, com planos de aula para promover equidade de gênero na Educação Física e, um jogo de tabuleiro de perguntas, respostas e desafios sobre a Copa do Mundo Feminina de Futebol.

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Fonte: Exame

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