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Rondônia, terça, 08 de outubro de 2024.




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Pix, Open Finance: as estratégias do PicPay para aproveitar inovações financeiras


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Com mais de dez anos de história, o PicPay se tornou uma das principais fintechs do Brasil. Nesse período, a empresa acompanhou e segue acompanhando de perto o processo de digitalização do sistema financeiro, e tem buscado cada vez mais colher os frutos da combinação entre essas novidades e o que ela acredita ser vantagens únicas que apenas companhias nativas digitais podem oferecer aos clientes.

Em entrevista exclusiva à EXAME, Pedro Romero, diretor de Serviços Financeiros para Pessoa Física do PicPay, explicou como a startup — que começou como uma carteira digital e já planeja um IPO — foi impulsionada por novidades lançadas pelo Banco Central, em especial o Pix. Agora, a empresa tem trabalhado para aproveitar as mudanças que chegaram ao mercado.

Além da ferramenta de pagamentos instantâneos, outro foco do PicPay é o Open Finance, também lançado pelo Banco Central. A estratégia da fintech é aproveitar os recursos trazidos por esses sistemas para não apenas atrair mais clientes, mas também fidelizar os atuais, ampliando cada vez mais a gama de produtos e serviços oferecidos.

Do Pix ao Open Finance

Na visão de Romero, o PicPay “nasceu bem antes das grandes mudanças recentes no mercado”, o que mostra que a empresa — e seus criadores — “acredita tanto na digitalização que foi quase precursor ao Pix, ao construir uma lógica de digitalização dos meios de pagamentos, com essa lógica de wallet, com o cartão de crédito e leitura de QR Code”.

O objetivo central da fintech sempre foi, explica o executivo, permitir que as pessoas pudessem andar sem dinheiro ou cartão, realizando pagamentos e operações do dia a dia pelo celular. “A gente aposta nisso há bastante tempo”, reforça. Nesse sentido, ele vê o Pix como um “grande acelerador para o nosso negócio”. O PicPay “abraçou” a ferramenta desde 2020, e viu um volume de crescimento relevante graças à imensa adesão da população ao Pix.

“O Pix ajudou muito. O crescimento antes dependia de criar uma arranjo de pagador e recebedor, e a aceitação ampla do Pix, com muita gente entrando e a pandemia acelerando isso, tirando a necessidade do contato físico para transações, ajudou muito. É fácil criar chave, a experiência é fluída e igual em todos os players”, destaca Romero.

Para ele, a ferramenta do Banco Central acabou gerando uma “digitalização forçada”, escalando esse fenômeno com uma curva de adoção crescente. Outro passo nessa digitalização foi o próprio Open Finance, um sistema criado pela autarquia para permitir o compartilhamento de dados e informações dos clientes entre diferentes instituições financeiras.

Romero explica que “o compartilhamento de informações é extremamente importante. O mercado ainda é muito concentrado, mesmo com alguns players digitais que entraram, e isso criou uma assimetria no nível de informação do usuário que dificultava a customização para clientes pelos novos agentes”. Mas o Open Finance vem cada vez mais mudando esse quadro.

Graças ao compartilhamento de informações, o PicPay já consegue “customizar algumas jornadas” de seus clientes, como de limites para cartões e preços de empréstimos. O próximo passo já em desenvolvimento pela empresa é uma unificação de diferentes contas, permitindo consolidar diferentes jornadas, como de pagamento, em uma única conta, e a partir daí evoluir nessa customização. Já um terceiro passo, futuro, é criar um “marketplace de crédito e trazer produtos de investimento nesse ecossistema”.

Conta das Contas

O segundo passo descrito por Romero em relação ao Open Finance se materializou recentemente com a Conta das Contas. O produto permite “reunir todas as contas bancárias do usuário e permitir que ele acesse e movimente a vida financeira em um lugar só”. Com isso, é possível realizar Pix, investimentos, pagamentos e recargas a partir de diferentes saldos em diferentes contas, mas em uma única interface.

Romero explica que a novidade usa infraestrutura do Open Finance e faz parte da estratégia do PicPay para atrair e fidelizar clientes: “a gente aposta bastante que, trazendo uma boa experiência e usando essa estrutura, você consegue fazer com que o usuário centralize suas operações no PicPay”. O executivo afirma que o grande diferencial da empresa é ser nativa digital, com uma infraestrutura já desenvolvida e testada para a área e com uma “visão centrada no usuário”.

A empresa vem trabalhando para ter a “melhor experiência digital” como forma de “trazer a principalidade” do usuário. Ao mesmo tempo, tem como foco “completar a plataforma”, expandido o porfólio de produtos e oferecendo opções de investimento atrativas, com bons rendimentos. Nesta semana, por exemplo, a companhia lançou CDBs próprios com investimento a partir de R$ 1 e rendimento de até 114% do CDI.

“Os usuários que têm usando o PicPay para consolidar informações têm tido um uso mais intenso e de mais produtos”, destaca Romero. Além disso, a expectativa do executivo é que o próprio Banco Central traga no futuro novidades para a evolução da digitalização em áreas como investimentos e empréstimo, com foco em customização e centralização, e que devem ser absorvidas pela empresa.

“O PicPay nasceu e foi precursor de muita coisa que o mercado está olhando agora, e ainda estamos investindo nessas questões. A gente vai evoluir cada dia mais nesse sentido, de completar portfólio e ser um ecossistema financeiro completo”, diz o executivo.

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Fonte: Exame

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